Pelé nomeia estádios e ‘ganha’ dia

Por Cruzeiro do Sul

Morte do Rei do Futebol completou 1 ano ontem

Um ano após sua morte, Pelé continua vivo na memória do futebol, dentro e fora do Brasil. Desde seu falecimento, no dia 29 de dezembro de 2022, o Rei do Futebol batizou estádios em diferentes continentes, virou nome de troféus e prêmios nacionais, ganhou um mausoléu, na cidade de Santos, e foi homenageado com um dia para si: 19 de novembro, data que lembra o seu milésimo gol.

Seja como Pelé ou como Edson Arantes do Nascimento, o Rei do Futebol passou a batizar oito estádios desde sua morte. Sete deles estão fora do Brasil: Colômbia, Panamá, Ruanda, Guiné-Bissau, Palestina, Casaquistão e até nas Maldivas. No Brasil, um mudou de nome, na cidade de Três Corações (MG), cidade natal do Rei, o estádio Elias Arbex virou estádio Rei Pelé. Antes, o Brasil tinha apenas um estádio em homenagem ao ex-atacante: o estádio Rei Pelé, em Maceió, batizado assim ainda na década de 70.

O número crescente de arenas com o nome do brasileiro foi impulsionado pela Fifa. No início deste ano, durante o sepultamento de Pelé, o presidente Gianni Infantino fez o pedido público a todas as federações do mundo para que batizassem um dos seus estádios com o nome do Rei.

O ídolo eterno também se tornou nome de premiações. Neste ano, o Campeonato Brasileiro ganhou o nome de “Brasileirão Rei”. A taça concedida ao campeão paulista deste ano tinha um coroa em referência a Pelé. No âmbito dos esportes olímpicos, o troféu dado ao melhor atleta do ano ganhou o nome do Rei, em decisão do Comitê Olímpico do Brasil (COB).

Pelé também virou nome de medalha que a Câmara dos Deputados concede a quem se destaca em atividades esportivas direcionadas a pessoas de baixa renda. A mesma Câmara decidiu instituir o dia 19 de novembro como o Dia do Rei Pelé. Foi nesta data, no ano de 1969, que ele marcou seu gol de número 1000 na carreira.

Dicionário

Em abril deste ano, Pelé também se tornou verbete de dicionário, em referência aos seus feitos dentro de campo. O dicionário Michaelis tornou adjetivo o Rei do Futebol em sua versão digital: “pe.lé® adj m+f sm+f Que ou aquele que é fora do comum, que ou quem em virtude de sua qualidade, valor ou superioridade não pode ser igualado a nada ou a ninguém, assim como Pelé®, apelido de Edson Arantes do Nascimento (1940-2022), considerado o maior atleta de todos os tempos; excepcional, incomparável, único. Ele é o pelé do basquete. Ela é a pelé do tênis. Ela é a pelé da dramaturgia brasileira”, diz o verbete.

No mês seguinte, o Rei do Futebol também ganhou um mausoléu, localizado dentro da Memorial Necrópole Ecumênica, em Santos. O ambiente, de 200 metros quadrados, é quase um novo museu, com imagens e referências à história do ídolo eterno. O local já contabiliza mais de 7 mil visitantes, a maioria estrangeiros. (Da Redação, com Estadão Conteúdo)