Duílio denuncia caso de espionagem
Duílio Monteiro Alves, presidente do Corinthians até o mês passado, registrou um Boletim de Ocorrência (B.O.) ontem (12) após a nova gestão, encabeçada por Augusto Melo, afirmar que encontrou câmeras e microfones escondidos na sala da presidência no Parque São Jorge, sede social do clube, localizada na zona leste de São Paulo. O caso foi encaminhado para o 52º Distrito Policial. O ex-mandatário corintiano pede que uma investigação seja aberta por acreditar ter sido ele o alvo de espionagem.
Anteontem (12), o jornal Folha de S.Paulo informou que os equipamentos de gravação foram encontrados após Augusto Melo determinar uma varredura nas instalações do clube. Além da sala da presidência, as câmeras e os microfones foram encontrados em espaços onde são realizadas reuniões com dirigentes e conselheiros. Procurada pelo Estadão, a diretoria informou que decidiu não realizar um Boletim de Ocorrência para “não alimentar a polêmica”. Em breve nota oficial encaminhada à imprensa, o clube lamentou a situação, mas disse que “não se surpreende com o fato relatado”.
Segundo o B.O., Duílio afirma que tomou conhecimento sobre o assunto por meio da imprensa e diz que nunca suspeitou da existência dos dispositivos. Ele classifica a situação como “preocupante” e ressalta a necessidade de uma investigação para apurar quem instalou os equipamentos e qual a motivação.
“É inadmissível que um caso como esse seja noticiado pela própria diretoria atual e que não haja desdobramento investigativo condizente com a gravidade do que foi relatado”, disse Duílio, em comunicado. “É imprescindível saber a verdade desses fatos, e por isso recorri às autoridades competentes. É o que deveria ter sido feito desde o início. A Fiel tem o direito de saber o que se passa, o que é verdade e o que é mentira”, completou. (Da Redação, com Estadão Conteúdo)