Corinthians corre riscos, é salvo por Carlos Miguel e vence o América-RN

Por Cruzeiro do Sul

Breno Bidon marcou primeiro gol do Timão em Natal

O Corinthians encontrou a Arena das Dunas em festa nesta quarta-feira (1º), feriado do Dia do Trabalho, e venceu o América de Natal por 2 a 1 no jogo de ida da terceira fase da Copa do Brasil. Diante de 26 mil torcedores, aplacou a animação dos torcedores do time da casa, mas não sem correr muitos riscos. Defesas de Carlos Miguel no primeiro tempo, quando o jogo estava empatado por 1 a 1, foram essenciais para a construção da vitória, consolidada com gol de Cacá na etapa final. Antes, marcaram Marcos Ytalo para os potiguares e Breno Bidon para os paulistas.

Apesar da vitória, ficam alguns alertas para o time comandando por António Oliveira, que não esteve no banco para cumprir suspensão devido à expulsão na fase anterior do torneio, contra o São Bernardo. Foram muitos os momentos dificuldades, especialmente na etapa inicial, contra um América que é bem estruturado e virou SAF recentemente, inclusive com investimento do lateral Marcelo do Fluminense, mas que atualmente está na Série D do Brasileiro.

O jogo de volta será apenas no dia 21 de maio, na Neo Química Arena, e os corintianos terão a vantagem de jogar pelo empate para avançar às oitavas.

Sem Rodrigo Garro, suspenso, e Igor Coronado, ainda com dores no quadril, o Corinthians começou a partida com Breno Bidon como o homem mais adiantado do meio de campo, à frente de Paulinho e Raniele. Havia, contudo, algumas variações, com Paulinho se apresentando frequentemente dentro da área para aproveitar sua qualidade na bola aérea, o que conseguiu fazer ocasionalmente.

Embora tivesse mais posse, o time paulista teve de lidar com um América de muita intensidade, agudo com a bola nos pés, não à toa Carlos Miguel, novamente titular no lugar de Cássio, teve de trabalhar para defender finalização de Rafinha ainda nos primeiros minutos. O bom momento foi desfrutado pela equipe potiguar, que abriu o placar com Marcos Ytalo, aos 12 minutos, em chute desviado no meio do caminho, batendo em Norberto para enganar Carlos Miguel.

Depois de sofrer o gol, o Corinthians melhorou e passou a pressionar o América, mas o repertório era limitado a cruzamentos buscando Paulinho. O mais perigoso, contudo, foi concluído por Félix Torres, que acertou a trave. Com o meio sem um articulador de origem e os jogadores espaçados, era difícil ver um lance de mais talento por parte dos corintianos. Wesley parecia muito isolado pelo lado esquerdo, até que apareceu para dar novos ares ao insosso sistema ofensivo alvinegro. Aos 29 minutos, o garoto puxou para a linha de fundo limpando a marcação e tocou para Breno Bidon marcar.

A igualdade no placar trouxe mais confiança ao Corinthians, que começou a trocar passes com maior qualidade e construiu breve domínio. Tudo mudou nos dez minutos finais antes do intervalo, momento a partir do qual o América simplesmente fuzilou a meta corintiana. Foram necessárias quatro grandes defesas de Carlos Miguel, em dois duelos com Rafinha, um com Norberto e outro com Alan. Houve, ainda, uma bola na trave.

A primeira finalização do segundo tempo também foi do América, disparada por Wenderson, e também parou na trave, antes de o cronômetro marcar dez minutos. Do outro lado, o Corinthians continuava insistindo nas jogadas de bola aérea. Apesar da falta de repertório, a opção trouxe frutos, pois Cacá, que já havia marcado contra o Fluminense, usou a cabeça para fazer o gol da virada, ao aproveitar cruzamento de Matheus Bidu em cobrança de escanteio.

O time potiguar também já não mostrava capacidade de uma articulação mais definida e também se apoiava muito nos lances pelo ar. Até chegou a balançar a rede com um cabeceio de Matheus Ferreira, mas o gol foi anulado após revisão do VAR, por impedimento milimétrico. O restante do segundo tempo foi bastante truncado, com faltas e sem maiores emoções. (Estadão Conteúdo)