Corinthians bate frágil Nacional graças a Carlos Miguel e Yuri Alberto
O Corinthians encontrou mais dificuldades do que esperava, mas derrotou o frágil Nacional, do Paraguai, nesta terça-feira (7), e melhorou sua situação na Copa Sul-Americana. Em uma noite de pouca inspiração, o time alvinegro foi salvo por Carlos Miguel, que fez ao menos quatro defesas importantes, e Yuri Alberto, atacante que saiu do banco para marcar no segundo tempo o gol que abriu o caminho para a vitória por 2 a 0 no Defensores del Chaco. Matheuzinho, nos acréscimos, definiu o triunfo.
O triunfo sobre o lanterna do Campeonato Paraguaio alçou o Corinthians à segunda colocação do Grupo F. São cinco sete somados em quatro partidas, um a menos que o Racing, do Uruguai, que lidera a chave. O Nacional é o lanterna do grupo. Tem apenas dois pontos e ainda não ganhou um jogo sequer na competição.
Na Sul-Americana, os primeiros colocados ao término da fase de grupos se classificarão automaticamente para as oitavas de final Já os segundos de cada chave precisarão passar por um playoff contra os terceiros colocados dos grupos da Libertadores.
Os desfalques não podem ser justificativa para a atuação ruim do Corinthians contra o Nacional, um time com claras debilidades, mas que, apesar delas, dominou o rival brasileiro em boa parte do duelo. A equipe alvinegra, porém, também mostrou virtudes. A eficiência foi uma delas. Chegou poucas vezes ao ataque, mas, quando o fez, foi letal. Se Romero não conseguia vencer o goleiro Antony Silva, a tarefa coube a Yuri Alberto.
De volta de lesão após três jogos fora, o camisa 9 saiu do banco de reservas para fazer de cabeça, aos 29 minutos da etapa final, o gol que abriu o caminho para o triunfo em Assunção. Bem colocado, ele cabeceou com estilo, concluindo preciso cruzamento de Romero, que se destacou no marasmo técnico protagonizado por parte da equipe.
No primeiro tempo, o Corinthians viveu de lampejos individuais de Wesley, que não estava em sua melhor noite, ou das raras aparições criativas de Breno Bidon, jovem volante de bom passe. Romero fez suas tentativas em arremates de fora da área. Foi muito pouco para uma equipe que, quando indica que vai evoluir e deslanchar, empaca.
Foram muitos erros técnicos e táticos. O time paulista foi estático, lento, apático e encontrou bastante dificuldade contra um oponente com claras deficiências. Na defesa, deu espaços para o Nacional incomodar de diferentes maneiras. Quando Carlos Miguel não apareceu, a trave salvou os visitantes no chute cruzado de Diego Duarte no primeiro tempo.
Fica evidente que foi ruim o desempenho corintiano quando se constata que Carlos Miguel foi decisivo nos dois tempos. Na etapa final, ele fechou a porta para os paraguaios, com três intervenções. Duas delas foram no começo, em um dos períodos de maior pressão dos donos da casa. Minutos depois, o Corinthians saiu em contra-ataque e achou seu gol, com Yuri Alberto, que deu frescor ao ataque do time paulista.
A pressão dos paraguaios voltou no fim, quando o Nacional cansou de alçar bolas à área. Mas Carlos Miguel é tão ágil quanto alto. O goleiro de 2,04 metros mostrou rápida resposta para defender o cabeceio de Alfaro e o potente arremate de Alan Gomez. Foi, com boa margem, o melhor em campo.
No último lance, o Corinthians saiu em contra-ataque e definiu o placar com Matheuzinho. O lateral-direito acertou chute cruzado com a canhota e viu a bola bater no pé da trave antes de entrar. Ele deixou o campo chorando e com fortes dores no tornozelo, após o que pareceu ser uma torção. (Estadão Conteúdo)