Presidente do Timão nega chance de impeachment
Depois de enfrentar dias caóticos na gestão do Corin-thians na semana passada, o presidente Augusto Melo, veio a público ontem (10) para se defender e apontar os supostos responsáveis pelas dificuldades recentes do clube. Em entrevista coletiva de mais de uma hora e meia de duração, Melo negou qualquer chance de impeachment.
“Não vou largar o cargo. Eles vão ter que nos engolir. O Corinthians vai ser tocado de verdade a partir de agora, sem política”, disse Melo, que chegou à sala de imprensa acompanhado por toda a sua diretoria e parte dos conselheiros. “Impeachment não existe. Não existe motivo para isso. Não penso nisso. Ninguém vai dar golpe aqui. Fui eleito pelo voto popular dos sócios. Terminamos uma dinastia de 16 anos que ninguém aguentava mais.”
Melo, que derrubou na última eleição o grupo de Andrés Sanchez após 16 anos no poder, assumiu o comando do clube no início do ano. Desde então, se tornou alvo de seguidas polêmicas, sendo a maior delas a rescisão do contrato com a Vai de Bet, casa de apostas que havia assinado o maior vínculo de patrocínio do futebol brasileiro com o clube.
A empresa finalizou o contrato na sexta-feira de forma abrupta e unilateral após uma série de suspeitas de corrupção no repasse de parte do valor acordado.
Melo também negou que o goleiro Carlos Miguel, novo titular do time após a saída de Cássio, esteja de saída do clube paulista. Na semana passada, diversos rumores nas redes sociais apontavam para a transferência do jogador para o futebol inglês.
O goleiro de 25 anos teria recebido propostas de West Ham e Nottingham Forest, ambos da Inglaterra, e encaminharia saída da equipe paulista para ir ao futebol europeu. Na coletiva, ao ser questionado sobre a possível transferência do goleiro, o mandatário declarou que o atleta continua a defender a camisa corintiana. Melo reforçou que o jogador tem contrato vigente com o clube paulista. “Não tive nenhuma proposta até agora. Não chegou nada para mim. Não pagaram multa e o menino está aí feliz, trabalhando”, complementou o presidente. (Estadão Conteúdo)