Bronze no Mundial de Judô
Renan Rossi representa Sorocaba em torneio disputado em Las Vegas, Estados Unidos
O Campeonato Mundial de Judô Veteranos 2024 teve no pódio um sorocabano: Renan Rossi. O atleta de 32 anos ficou em terceiro lugar e faturou a medalha de bronze no torneio realizado, no início do mês, em Las Vegas, Estados Unidos. Ao seu lado, o técnico Marcos, que além de mentorá-lo no tatame, também é seu pai.
A medalha no pescoço foi conquistada em meio a uma montanha russa de emoções, afinal, o judoca perdeu uma das lutas, mas conseguiu retornar na repescagem. “Ganhei mais duas lutas e consegui o bronze para a gente. Fiquei muito feliz. Foi uma verdadeira montanha russa de emoções. Teve horas que estava sorrindo, outras chorando, então foi muito legal esse pico de emoção no pódio. Demorou um pouco para cair a ficha, saí da disputa do bronze tentando absorver o que houve”, relembra.
O sorocabano conta ainda que a preparação não foi tão fácil, inclusive precisou trabalhar bastante a parte psicológica. “Quando soube que iria para o Mundial foquei bastante nos treinos, entrei em contato com amigos para ajudar nisso. Busquei trabalhar o mental, porque em campeonatos assim o psicológico pega bastante”, cita.
Além disso, Renan explica que o mais difícil na preparação “foi a constância porque acaba sendo bem desgastante e o físico vai dando aquela puxada, mas consegui ter perseverança e passar por cima disso”.
Ele já foi campeão Sul-Americano este ano em Cordoba, Argentina. Outros campeonatos que também disputou e saiu com medalha foram o Paulista, Copa São Paulo, Copa Paraná, Pan-Americano e Brasileiro. “É difícil manter o alto nível sempre, mas consigo manter a constância e estar sempre entre os melhores, no pódio. Isso é meu ponto forte”, observa.
Eterna troca de experiências
Em meio a tantas disputas e vitórias, quem sempre esteve ao lado de Renan foi Marcos Rossi. O judoca de 53 anos é pai do sorocabano e dividiu o tatame com o filho.
Ao final da competição ficou entre os oito melhores. “Disputar um Campeonato Mundial é um sonho. Ficar entre os melhores é incrível. Agora ver seu filho medalhando, nossa eu chorei feito criança. Foi uma sensação maravilhosa”, comenta.
Tanto dentro quanto fora da competição, a troca de experiências é mútua. “Ele [o pai] ensinou tudo que eu sei. Quando comecei profissionalmente o meu estilo era mais moderno e ele tradicional e a gente conseguiu alinhar essa parte e, assim, nossos alunos vão tendo acesso ao melhor dos dois mundos”, diz Renan.
Com 50 anos de experiência, sendo 35 deles como mestre de judô, Marcos complementa: “É maravilhoso a confiança que temos um no outro. Hoje o Renan acaba sendo meu técnico e poder dividir o tatame com ele não tem dinheiro no mundo que pague”.