O herói do título
Vagnão defende duas cobranças de pênaltis e garante o título da Taça Cidade de Sorocaba ao Maria Eugênia
Vagner Macedo Alves, mais conhecido como Vagnão. Este é o nome do herói da final da Taça Cidade Sorocaba, o Campeonato de Futebol Varzeano da 1ª Divisão.
O goleiro do Maria Eugênia pegou dois pênaltis do Jardim dos Estados e, após gol de Nunes, a equipe da zona norte se consagrou campeã pela primeira vez em sua história. A partida foi disputada, na manhã de domingo (24), no Estádio Municipal Walter Ribeiro, o CIC.
“Quando fiz a segunda defesa meu coração pulou de alegria, meu sonho estava se tornando realidade e a gente estava fazendo história”, comenta o jogador de 24 anos. “Ver toda aquela torcida gritando meu nome foi muito especial.”
O Maria Eugênia estava com o jogo controlado por ter o placar por 2 a 0 a seu favor, mas o Jardim dos Estados deixou tudo igual nos acréscimos. Assim que sacramentado a disputa por pênaltis, Vagnão sentiu a responsabilidade, mas tinha a certeza que daria conta. “Eu tinha estudado muitos batedores e que não seria em vão o planejamento que tivemos”, afirma. “Fizemos um excelente trabalho. O nosso ambiente era muito bom”, acrescenta. “Quando nos reunimos lá me arrepiei todo porque eu falei para eles ‘tá escrito, nada vai tirar isso da gente’. Então, por mais que tenha aumentado a responsabilidade, sabia que ia pegar e fazer história.”
Apesar de conquistar o título, Vagnão não quer parar por aí. O atleta quer continuar fazendo história com o Maria Eugênia. “Criei um amor, uma identificação muito grande com a torcida, com o ambiente. Então é muito gratificante ver o bairro sendo falado e visto”, diz.
Quem é Vagnão?
Natural da Bahia, mas morando em Osasco, Vagnão concilia as partidas em meio a gerencia de uma distribuidora na Ceagesp, localizada na capital paulista. O convite para jogar a primeira vez por um clube de Sorocaba, e pelo Maria Eugênia, veio este ano através da diretoria. Mas o goleiro já teve passagem pela Portuguesa, São Caetano, Grêmio Osasco, Audax e São Bernardo.
O jogo
Antes de chegar às penalidades, os dois times lutaram ao longo dos 90 minutos, mas foi o Maria Eugênia que abriu o placar ainda no primeiro tempo com Renan. Na volta do intervalo, o clube da zona norte ampliou com Vinicius.
O resultado já parecia sacramentado para o Maria Eugênia, mas na metade do segundo tempo o Jardim dos Estados mostrou sua força de reação e diminui o marcador com gol de Eder Paulista. Entretanto, a partida ficou eletrizante mesmo nos acréscimos. A equipe do Jardim dos Estados marcou mais um com Pity, deixando tudo igual (2 a 2), e forçando o jogo a ir para os pênaltis.
Na cobrança, dos quatro intentos que o Jardim dos Estados teve, converteu dois. O goleiro Vagnão, do Maria Eugênia, se posicionou bem e, como um paredão, jogou para fora o sonho do time da zona oeste ser bicampeão da Taça. O título do clube da zona norte veio pelos pés de Nunes, que bateu com calma e tirou do goleiro adversário mandando para o fundo da rede.
Com a certeza do título, o elenco e a comissão técnica foram até a torcida que ficou em êxtase. O vice, por sua vez, assim que terminou a partida se abraçou e recebeu aplausos da arquibancada pela campanha apresentada ao longo da competição.
A árbitra designada para a final foi Edina Alves. Integrante da Fifa e apitando jogos nacionais e internacionais, ao final da partida, a profissional conversou com o Cruzeiro do Sul. Entre os pontos abordados, a paixão pelo futebol. “É emoção, por isso as pessoas amam, essa adrenalina que envolve o futebol”, observa.