Pandemia já afeta 16 estaduais

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Crédito da foto: Pxhere

A pandemia do novo coronavírus já afeta mais da metade dos campeonatos estaduais e, consequentemente, a agenda dos clubes brasileiros. Enquanto o País se aproxima da triste marca de 300 mil mortes causadas pela doença, os torneios regionais não têm conseguido ficar imunes à devastação causada pela Covid-19. Levantamento feito pelo Estadão mostra que, dos 27 torneios regionais deste início de temporada, pelo menos 16 enfrentam algum tipo de restrição.

O mais novo Estadual a entrar nessa lista é o do Rio de Janeiro. Embora a realização do Campeonato Carioca esteja mantida neste momento, a partir de sexta-feira o torneio não terá partidas na capital por causa da pandemia. O prefeito do Rio, Eduardo Paes (DEM), disse que de 26 de março até 4 de abril, a cidade não poderá receber jogos. “No Rio não pode e no Caio Martins (em Niterói) também não”, disse.

Antes do Rio, outros Estados já estavam nessa situação de restrição parcial dos jogos. Na prática, a competição pode continuar, desde que seja em outras cidades. Em São Paulo, por exemplo, algumas partidas serão a partir de agora realizadas em Volta Redonda (RJ). Essa foi a opção diante da proibição de realizar jogos no Estado de São Paulo. O Paraná vive situação parecida à do Rio. O futebol está vetado em Curitiba, mas liberado no interior.

A longa lista de Estados com o calendário do futebol afetado pela pandemia tem ainda oito locais nos quais a realização de partidas está suspensa: Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Pará, Rio Grande do Norte e Tocantins. Há ainda outras regiões que decidiram adiar o início das competições para esperar uma possível melhora da situação da pandemia. Cinco locais estão nessa situação: Acre, Amapá, Paraíba, Rondônia e Roraima.

Por outro lado, os demais Estados continuam com o calendário do futebol mantido e, até o momento, sem outras restrições. Uma curiosidade envolve Santa Catarina. Por lá, o futebol chegou a ser suspenso por algumas semanas justamente por causa da pandemia, mas a competição foi retomada. As partidas podem ser disputadas tanto no interior como na capital Florianópolis.

Em São Paulo, José Medina, membro do Centro de Contingência da Covid-19, é defensor da paralisação do Estadual e pediu para os clubes participarem de campanhas de conscientização ao risco da doença. “O futebol é aquela imagem que está na residência, no domicílio, de todas as famílias. Independentemente da classe social. Eles (os clubes) podiam compensar o risco que tem com a manutenção das atividades esportivas trazendo algum benefício para as campanhas”, afirmou. (Ciro Campos - Estadão Conteúdo)