Para técnico, Azulão fez seu melhor jogo em toda a A2 contra Lusa

Após ficar em desvantagem no placar, o Azulão teve um primeiro tempo massacrante, "bombardeando" a meta do goleiro Wagner

Por Eric Mantuan

Paulo Roberto elogiou o time após empate por 1 a 1

O grande jogo protagonizado anteontem por São Bento e Portuguesa, no estádio Walter Ribeiro (CIC), no primeiro embate pelo título do Paulista Série A2, esteve à altura da tradição das duas equipes e, também, provou porque elas chegaram à disputa da taça. “Foi um grande jogo, no geral. Um jogo em que comprovou terem chegado na final as duas equipes mais equilibradas da competição. Se não as duas melhores, pois tivemos outras grandes equipes na competição, mas as que mais fizeram por merecer chegar à final. E o São Bento teve um desempenho acima”, avaliou o técnico Paulo Roberto Santos, em entrevista coletiva após o apito final.

Após ficar em desvantagem no placar, o Azulão teve um primeiro tempo massacrante, “bombardeando” a meta do goleiro Wagner. “No primeiro tempo nós finalizamos 16 vezes no gol do adversário. E não foram bolas para fora. O goleiro foi o destaque do jogo e a atuação dele fez com que o adversário segurasse o resultado. Foi um primeiro tempo onde o São Bento entrou para jogar da forma como tem que atuar a equipe que atua em casa”, disse o técnico, antes de lamentar que as finalizações não tenham sido convertidas em gol.

“No jogo passado (semifinal contra o Oeste), a nossa bola foi entrar aos 50 (do segundo tempo). Hoje (anteontem) tivemos o primeiro tempo para essa bola entrar duas, três vezes, e a que entrou, ainda foi um gol contra. Na realidade, a bola não quis entrar”, disse.

Durante a fase de classificação, o São Bento sofreu com oscilações que chegaram a ameaçar a classificação para o mata-mata. Na hora decisiva, o time engrenou com classificações históricas sobre XV de Piracicaba e Oeste. E teve, na decisão, sua melhor atuação do campeonato, na opinião do treinador. “Em termos de produtividade, volume de jogo e criação das jogadas que poderiam proporcionar gols, sim. O primeiro tempo foi avassalador, que poderia ter saído com dois, até três gols. Não seria nenhuma injustiça, com todo respeito ao adversário. Mas também temos de dar mérito à Portuguesa também, que soube se defender. Futebol é feito de ataque e defesa”, lembrou.

Para o jogo de amanhã (17), às 19h, no Canindé, o treinador espera que o time possa render tanto quanto rendeu atuando em casa. “É lógico que agora é a Portuguesa que estará inflamada pelo torcedor, é uma grande equipe e isso tambem soma, como somou a nosso favor. O torcedor nos empurrou e participou, o que faz com que o atleta sinta-se mais confiante em campo. Essa história vai mudar, esse apoio vai ser deles, mas tenho certeza que vamos ter lá a participação do nosso torcedor, assim como foi em Barueri.”

Caravana

A Torcida Uniformizada Sangue Azul (Tusa) está organizando caravana para o jogo entre Portuguesa e São Bento, pelo valor de R$ 50. O ingresso deverá ser comprado na bilheteria do Canindé, aos preços de R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia entrada). A saída do CIC será às 16h30. Reservas pelo WhatsaApp: (15) 99670-7914. 

 

Permanência no clube ainda não é certa

O técnico Paulo Roberto Santos disse que ainda não discutiu com a diretoria do São Bento se vai permanecer no clube no segundo semestre, quando o Azulão disputa a Copa Paulista.

“Não tivemos tempo disso. O foco está nesse título, a diretoria está correndo atrás de outras coisas para resolver. Eu acho que passando esse jogo de domingo (amanhã), alguma conversa deve ocorrer para ver o que se pode e o que se deseja fazer, o que cada lado quer, se os dois lados querem a mesma coisa. Se um lado vai fazer sacrifício e o outro também, ou se um lado só vai fazer. Tudo isso vai ter que ser definido na hora que sentarmos para conversar. Vamos esperar acabar o jogo, se Deus quiser com o título”, respondeu.

Cotado para comandar outras equipes que já vão utilizar a segunda metade de 2022 como preparação para o Paulista Série A2 do ano que vem, o treinador reiterou que, de sua vontade, há vontade de permanecer.

“Vocês sabem que eu, particularmente, sempre que estiver em Sorocaba, independentemente de trabalhar ou não no São Bento, vou sempre estar à disposição para ajudar o clube. E acho que tenho conhecimento para ajudar o São Bento, dentro das quatro linhas ou fora. O futebol me deu esse conhecimento. Mas não depende só de mim”, ressaltou. (Eric Mantuan)