São Bento inicia novo planejamento para a Copa Paulista
Após o encerramento dos contratos de todos os jogadores vice-campeões do Paulista Série A2 na última segunda-feira (18), o São Bento inicia um novo planejamento para o segundo semestre, com a disputa da Copa Paulista, que começará provavelmente em 7 de julho. Conforme a diretoria beneditina, o elenco formado por jogadores das categorias de base e reforços que possam ser integrados sem custos.
Com contrato até dia 30, o técnico Paulo Roberto Santos deve comandar outra equipe no segundo semestre. Isso já ocorreu em 2014 e 2015, quando o Azulão ainda não disputava o Campeonato Brasileiro e ele treinou São Caetano e Guarani depois do Paulistão. O ponto a ser discutido entre ele e a diretoria são-bentista é o seu retorno para a montagem do elenco que jogará a elite do futebol estadual no ano que vem. “O clube passa por muitas dificuldades. Sem orçamento, fica difícil. Temos propostas para iniciar um trabalho já visando 2023. Estou tirando alguns dias de descanso, depois iremos decidir pelo melhor para nossa carreira”, disse o treinador.
O presidente do Azulão, Almir Laurindo, conta com o comandante para o Paulistão 2023. “O Paulo (Roberto Santos) é prioridade no São Bento. Já fizemos um bate-papo, uma primeira ideia. Vamos conversar certinho com ele e o Juliano (Amorim, diretor de futebol) para ver o planejamento e o projeto da Série A1. Temos que analisar o que o Paulo pensa, se a ideia dele bate com a do São Bento, para podermos cuidar da parte financeira, ou seja, montar o elenco e pagar em dia”, disse.
Após as rescisões, conforme o diretor de futebol do São Bento, Juliano Amorim, o clube tem no elenco alguns garotos da base, como Samuel, Kadu, Negueba, Rudson e Nathan, além de Kayan, que disputou a Série A2 com o time adulto. Outros atletas com vínculo vigente são Dogão, Bruno Formigoni e Alan Pires, em diferentes estágios de recuperações de lesões.
Números
A dificuldade em fazer a conta fechar para a Copa Paulista é que a competição, embora ofereça vagas ao Brasileiro Série D e à Copa do Brasil ao campeão e vice, é economicamente deficitária por não contar com premiação em dinheiro e cotas de televisão. “A discrepância de orçamento em relação à Série A2 é de dez vezes”, exemplifica Amorim. Cerca de 50% da receita de patrocínio e sócios se destina ao pagamento de acordos trabalhistas de temporadas passadas e sobra 50% para a montagem do elenco.
Uma forma de mudar esse cenário seria aumentando a adesão de sócios-torcedores, que hoje é de aproximadamente 400. Nas contas dos dirigentes, esse número teria de subir para aproximadamente 3 mil para que o Azulão fosse autossuficiente.
A diretoria marcou para segunda-feira (25), às 14h, uma entrevista coletiva na sala de imprensa do estádio Walter Ribeiro (CIC) para a prestação de contas do trabalho da Série A2 na qual, também, se falará sobre o planejamento para a Copa Paulista. (Eric Mantuan)