Williams vende equipe de F1 para investidores americanos

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Equipe fundada por Frank Williams sofre com queda de performance e receita nos últimos anos. Crédito da foto: AFP / Josep Lago (16/8/2020)

Equipe fundada por Frank Williams sofre com queda de performance e receita nos últimos anos. Crédito da foto: AFP / Josep Lago (16/8/2020)

Uma das equipes mais tradicionais da Fórmula 1, a Williams tem um novo dono. Ontem (21), em um comunicado oficial, a escuderia inglesa anunciou a venda para a Dorilton Capital, um grupo de investimento dos Estados Unidos, após revelar no final de maio passado que estava considerando uma negociação parcial ou total como forma de aliviar a pressão financeira.

Segundo a chefe do time, Claire Williams, filha do fundador Frank Williams, a operação garante o funcionamento e o futuro da organização em um longo prazo. “A Revisão Estratégica foi um processo útil e provou que tanto a Fórmula 1 quanto a Williams têm crédito e valor. Agora chegamos a uma conclusão e estamos muito felizes que a Dorilton é a nova dona da equipe. Quando iniciamos o processo, queríamos encontrar um parceiro que dividia a mesma paixão e valores, e que reconhecia o potencial da equipe, podendo colocá-lo em prática”, disse.

A Dorilton Capital é um grupo de investimento privado cuja sede fica em Nova York e tem envolvimento em setores como saúde, engenharia e manufatura. O anúncio confirmou também que não há planos para mudar o nome da equipe ou do chassi, com o novo dono reconhecendo “a importância de respeitar e manter a herança deixada pelos Williams”. Não há também planos para realocar a fábrica da equipe de sua base em Grove, na Inglaterra.

“É o fim de uma era para a Williams como uma escuderia familiar (...) mas esta venda garantirá a sobrevivência da equipe e, mais importante, oferecerá o caminho para o sucesso”, comentou Claire Williams no comunicado oficial da escuderia inglesa.

A Williams vinha sofrendo com uma grande queda na receita nos últimos anos, devido a uma perda de performance do carro que a levou ao fundo do Mundial de Construtores nas últimas duas temporadas. Mas sua performance tem se mostrado melhor ao longo de 2020. O britânico George Russell e o canadense Nicholas Latifi conseguem rivalizar mais frequentemente com a Haas e a Alfa Romeo, um passo adiante em comparação com 2019. (Estadão Conteúdo)