Zagueiro de Telê em 82, Oscar é homenageado em Sorocaba

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O craque Oscar entre os médicos Júlio Gali e Edie Caetano. Crédito da foto: Fábio Rogério (26/8/2019)

O craque Oscar entre os médicos Júlio Gali e Edie Caetano. Crédito da foto: Fábio Rogério (26/8/2019)

A Associação para Estudo da Cirurgia do Joelho da Faculdade de Medicina da PUC de Sorocaba prestou homenagem, na noite desta segunda-feira (26), ao ex-jogador de futebol José Oscar Bernardi, o zagueiro Oscar, de 65 anos. Craque de uma época em que o futebol se celebrizou por técnicas de jogadas bonitas que encantavam o torcedor, Oscar foi zagueiro e participou de três Copas do Mundo (1978, 1982 e 1986), tendo dividido com o ex-craque Sócartes a faixa de capitão na mítica seleção de Telê Santana na Copa de 1982.

“Ele é um exemplo, em termos de lealdade e de disciplina, um exemplo para as gerações mais novas”, elogiou o médico Júlio Gali, responsável pela Associação, referindo-se a Oscar. O ex-craque fez cirurgias nos dois joelhos quando jogava e os resultados foram “excelentes”. Ele agradeceu a homenagem: “É sempre bom rever os amigos.”

Oscar atuou mais de 18 anos como jogador de futebol. Começou na sua cidade, Monte Sião (MG), depois foi para a Ponte Preta, o Cosmos de Nova York e o São Paulo. Encerrou a carreira no Yokohama Marinos, no Japão, onde foi jogador por dois anos e treinador por quatro anos.

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Atual empresário do setor hoteleiro, ele criou um clube-empresa, o Brasilis FC, que atua na formação de atletas para o futebol. O clube atende a cerca de 100 garotos.

Em Sorocaba, Oscar comparou o futebol de sua época e as competições realizadas atualmente no Brasil e no mundo. “Hoje o futebol virou mais marcação, perdeu um pouco a técnica, não existe mais meia. Todos os times jogam só com um jogador na frente, para não perder. Muita parte física envolvida e pouca técnica”, disse.

Ele admite, no entanto, que existem jogadas técnicas. Mas diz que a linha de trás dos times se adianta mais para reduzir espaços e o futebol ganha velocidade. “Os clubes de antigamente tinham cinco jogadores de grande potencial. Hoje, não são todos os clubes que têm a chance de ter grandes jogadores.” (Carlos Araújo)