Votorantim recebe novos radares experimentais que não multam
Os motoristas que trafegam por Votorantim foram surpreendidos nas últimas semanas pela presença de novos radares em algumas da principais vias da cidade. A Prefeitura, no entanto, afirma que nenhum aparelho emite autuação. O Departamento de Trânsito de Votorantim informa que há um contrato entre a empresa Splice -- que opera o serviço de radares em outras cidades -- e a Prefeitura para utilização do solo para desenvolvimento de equipamentos, sem custos para os cofres públicos.
Conforme noticiado pelo Cruzeiro do Sul, desde 2015 a empresa instala equipamentos experimentais na cidade. No entanto, Votorantim não possui contrato para a aplicação de multas de trânsito por meio de radares há mais de uma década. Em setembro de 2008 foi encerrado o contrato entre a Prefeitura e a empresa Splice, que era a responsável pelo serviço até então. Concorrências para a operação dos radares na cidade foram lançadas algumas vezes, mas não concluídas, devido a contestações judiciais de empresas participantes dos certames. Segundo a Prefeitura, não há previsão para o retorno deste tipo de autuação por meio de aparelhos eletrônicos.
A Prefeitura não detalhou todos os locais onde os aparelhos experimentais estão instalados, porém é possível observá-los recentemente na avenida 31 de março (próximo ao semáforo no cruzamento com a Praça de Eventos) e na avenida Gisele Constantino (também perto do Jardim Karolyne, mas no sentido a Sorocaba). Nessa mesma avenida, no semáforo do cruzamento com a avenida São João, sentido Sorocaba, equipes implantaram equipamentos por baixo do asfalto, similares a sensores que detectam avanço do sinal vermelho. Em 2015, a cidade implantou equipamentos para teste em três pontos distintos: nas avenidas 31 de Março, Gisele Constantino e Adolpho Massaglia.
De acordo com o Departamento de Trânsito, no momento, nenhum equipamento emite autuação, porém, se o agente de trânsito estiver no local e flagrar a infração, ele poderá efetuar o auto manualmente. Ainda segundo o setor, a prática do excesso de velocidade nesses locais é grande, como também a falta de educação no trânsito por parte de alguns motoristas. Desse modo, “os aparelhos auxiliariam no respeito à sinalização”.