Notre-Dame será reconstruída em cinco anos, garante Macron
Um incêndio destruiu parcialmente a Catedral parisiense há um ano. Crédito da foto: Philippe Lopez/ AFP
O presidente da França, Emmanuel Macron, disse nesta quarta-feira (15) que fará "todo" o possível para reconstruir a Catedral de Notre-Dame em até cinco anos, conforme prometido após o incêndio que destruiu parcialmente o monumento parisiense há um ano.
"Reconstruiremos Notre-Dame em cinco anos. Eu prometi. Faremos todo o possível para que possamos cumprir este prazo", disse Macron, em um vídeo publicado na página on-line da Presidência pelo primeiro aniversário da tragédia.
"É claro, as obras de construção estão suspensas, devido à crise sanitária, mas serão retomadas logo que for possível", acrescentou.
Em sua mensagem, Emmanuel Macron agradeceu mais uma vez aos "socorristas, doadores, construtores" que "estão abrindo caminho para estes dias melhores que se aproximam, nos quais os franceses voltarão a encontrar a alegria de estarem juntos e nos quais a agulha da Notre-Dame se alçará de novo para o céu".
"Temos de estabelecer metas ambiciosas, nos mobilizarmos para alcançá-los e estar à altura das grandes construções que fizeram nossa história", completou Macron.
Em entrevista à AFP, o ministro da Cultura, Franck Riester, também destacou o "heroísmo" do pessoal sanitário e dos bombeiros na noite de 15 de abril de 2019.
"Para nós, no momento que atravessamos, é uma mensagem de esperança incrível. A promessa de reconstrução coletiva", declarou.
Na opinião do defensor do patrimônio e apresentador de televisão Stéphane Bern, "é preciso salvar Notre-Dame e o patrimônio, porque isso vai nos dar esperança para salvar o país".
"Com nossas obras, contribuímos para relançar a economia e salvar nossas pequenas e médias empresas e nossos artesãos", afirmou o presidente da Fundação do Patrimônio, Gillaume Poitrinal.
Paciência e determinação são as palavras-chave na visão de Christophe Rousselot, à frente da Fundação Notre-Dame, que arrecadou as maiores doações.
"Para um edifício de oito séculos, estas semanas que nos parecem tão longas parecerão apenas um instante na história da catedral, pela qual nossos netos vão se interessar, se a entregarmos em bom estado", comentou.
As obras de reconstrução estão paralisadas desde 16 de março, devido à crise do coronavírus. E, um ano depois do incêndio que destruiu o telhado da catedral, a fase de restauração está longe de começar.
O imóvel segue em estado de "emergência absoluta", ainda que os sensores "não tenham registrado nada preocupante", apesar dos "choques térmicos", disse o general Jean-Louis Georgelin, encarregado da restauração.
O sino principal, conhecido como "Emmanuel", um presente de Luís XIV (1638-1715) para a Igreja, soará na mesma hora em que, há várias semanas, os franceses foram às janelas aplaudir os profissionais da saúde. Um reconhecimento do trabalho destes que estão na linha de frente da luta contra o novo coronavírus.
Esta é a única comemoração prevista para esta quarta-feira. (AFP)
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