SpaceX envia quatro astronautas para Estação Espacial Internacional neste domingo

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This SpaceX /NASA photo shows the SpaceX Crew-1 crew members (L-R) NASA astronauts Shannon Walker, Victor Glover, Mike Hopkins, and JAXA (Japan Aerospace Exploration Agency) astronaut Soichi Noguchi, obtained on November 15, 2020, at NASA?s Kennedy Space Center in Florida. - NASA?s SpaceX Crew-1 mission is the first crew rotation mission of the SpaceX Crew Dragon spacecraft and Falcon 9 rocket to the International Space Station as part of the agency?s Commercial Crew Program. NASA astronauts Mike Hopkins, Victor Glover, and Shannon Walker, and astronaut Soichi Noguchi of the Japan Aerospace Exploration Agency (JAXA) are scheduled to launch at 7:27 p.m. EST on November 15, from Launch Complex 39A at the Kennedy Space Center. (Photo by Handout / SPACEX / AFP) / RESTRICTED TO EDITORIAL USE - MANDATORY CREDIT "AFP PHOTO /SPACEX/NASA/HANDOUT " - NO MARKETING - NO ADVERTISING CAMPAIGNS - DISTRIBUTED AS A SERVICE TO CLIENTS

A tripulação chegará ao seu destino na Estação Espacial Internacional por volta das 23h locais de segunda-feira (1h em Brasília). Crédito da foto: Handout / SPACEX / AFP

No primeiro voo de rotina de uma série que a Nasa espera estender, a SpaceX lança neste domingo (15), dos Estados Unidos, quatro astronautas para a Estação Espacial Internacional.

Três americanos - Michael Hopkins, Victor Glover e Shannon Walker - e o astronauta japonês Soichi Noguchi decolam neste domingo (15), às 19h27 locais (21h27 em Brasília), do Centro Espacial Kennedy, na Flórida.

A tripulação chegará ao seu destino na Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês), por volta das 23h locais de segunda-feira (1h em Brasília), juntando-se a dois cosmonautas russos e a um americano a bordo. Ficarão por seis meses no espaço.

Este voo "operacional" dá continuidade à bem-sucedida missão de demonstração realizada de maio a agosto, na qual dois astronautas americanos foram levados para a ISS e, depois, trazidos com segurança para a Terra pela SpaceX.

O vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, assistirá ao lançamento pessoalmente.

SpaceX

A cápsula Dragon da SpaceX é, hoje, o segundo dispositivo capaz de chegar à ISS, ao lado da bastante confiável Soyouz russa. Esta última leva todos os visitantes à estação desde 2011, depois que os Estados Unidos interromperam seus voos tripulados há nove anos.

Um segundo ônibus espacial, fabricado pela Boeing, pode entrar em atividade em um ano.

A Nasa espera, no entanto, continuar cooperando com a Rússia. Para isso, a agência americana propôs facilitar lugares para seus cosmonautas em missões futuras e pretende que os americanos continuem a usar a Soyouz regularmente. As negociações se arrastam, porém.

"Queremos uma troca de lugares", disse o administrador da Nasa, Jim Bridenstine, em entrevista coletiva na sexta-feira (13).

"As conversas estão em andamento", limitou-se a dizer, como vem fazendo há meses.

Laços enfraquecidos

A realidade é que os laços entre Washington e Moscou no âmbito espacial - um dos raros setores onde continuavam sendo bons - estão-se enfraquecendo.

Rompendo com mais de 20 anos de cooperação para a ISS, a Rússia não participará da próxima miniestação idealizada pela Nasa em torno da Lua, a Gateway.

O diretor da agência espacial russa (Roskosmos), Dmitri Rogozine, ironizou em 2014 a necessidade de os Estados Unidos usarem um "trampolim" para chegar à ISS.

Elon Musk, o polêmico presidente da SpaceX, não esqueceu a provocação e respondeu em maio: "O trampolim funciona".

Além de se tornar a transportadora preferida da Nasa, a empresa de Musk também é líder no mercado de lançamentos de satélites privados, obrigando a Rússia a rever seu ultrapassado programa espacial. (AFP)