Três suspeitos são presos um ano após roubo de diamantes em museu da Alemanha
A polícia alemã prendeu nesta terça-feira (17) três suspeitos de um roubo milionário de joias e diamantes, entre eles um de 49 quilates, que ocorreu em novembro de 2019 em um museu de Dresde (leste da Alemanha). Várias buscas também foram realizadas para recuperar os objetos roubados.
Os investigadores revistaram 18 propriedades em Berlim, incluindo dez apartamentos, assim como garagens e veículos, relacionados com este caso considerado pela imprensa local como o maior roubo de arte na história moderna do país. "As ações adotadas hoje têm como objetivo recuperar os tesouros artísticos roubados e procurar evidências", indicaram a polícia e promotoria em um comunicado.
No total, 1.638 policiais foram mobilizados em várias operações em várias regiões da Alemanha, de acordo com o comunicado.
Roubo do museu
As três pessoas detidas, de nacionalidade alemã, cujas identidades não foram reveladas, são "claramente suspeitas" de participação em 25 de novembro de 2019 no roubo do museu Abóboda Verde (Grünes Gewölbe) de Dresde.
Os ladrões invadiram o museu desta cidade barroca da ex-RDA de madrugada e em poucos minutos conseguiram roubar objetos preciosos do século XVIII, que incluíam "centenas" de diamantes - um deles de 49 quilates - e joias.
A direção do Abóboda Verde disse no momento do roubo que eram peças de um valor histórico e cultural "inestimável" e impossível de avaliar.
Meio milhão de recompensa
Após o roubo, a polícia ofereceu uma recompensa de 500.000 euros (US$ 595.000) por informações que pudessem levar aos seus autores.
De acordo com o jornal alemão Bild, várias das propriedades registradas em Berlim nesta terça-feira estão vinculadas a uma família de origem árabe com notórios vínculos com o crime organizado. O chamado "clã Remmo" esteve envolvido em outro grande roubo em um museu no coração de Berlim, no qual 100 quilos de moedas de ouro foram roubados.
Segundo a polícia, além dos três presos pelo assalto em Dresden, dois outros suspeitos da família Remmo, Abdul Majed Remmo e Mohammed Remmo, ambos de 21 anos, estão sendo procurados no caso. (AFP)