Venezuela nega responsabilidade por petróleo derramado no Brasil

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A Prefeitura de Piaçabuçu iniciou a limpeza das manchas de óleo que surgiram na praia do Pontal do Peba. Crédito da foto: Ascom (8/10/2019)

A Prefeitura de Piaçabuçu iniciou a limpeza das manchas de óleo que surgiram na praia do Pontal do Peba. Crédito da foto: Ascom (8/10/2019)

A estatal petroleira venezuelana PDVSA negou nesta quinta-feira (10) sua responsabilidade nos derramamentos de petróleo registrados na costa do Brasil. A declaração foi dada após o Ministério do Meio Ambiente afirmar que o líquido preto que chegou às praias "muito provavelmente" veio da Venezuela.

"A PDVSA nega categoricamente as declarações do ministro do Meio Ambiente do Brasil, Ricardo Salles, que acusa a Venezuela de ser responsável pelo petróleo que contaminou as praias do nordeste do Brasil desde o começo de setembro", afirmou a petroleira venezuelana em um comunicado.

A empresa considera "infundadas" as afirmações do Brasil, "já que não existe evidência alguma de derramamento de petróleo nos campos petrolíferos da Venezuela que pudesse ter gerado danos ao ecossistema marinho do país vizinho".

Na quarta, Salles disse que as manchas que apareceram em cerca de 130 praias do Brasil "muito provavelmente" vêm do país vizinho, em meio à pior crise socioeconômica de sua história recente.

Nenhum relatório

A PDVSA afirmou que não recebeu nenhum relatório de seus clientes, ou filiais, "sobre uma possível avaria, ou derramamento, nas proximidades da costa brasileira, cuja distância de nossas instalações petroleiras é de aproximadamente 6.650 km, via marítima". "Condenamos essas afirmações tendenciosas que pretendem aprofundar as ações unilaterais de agressão e bloqueio contra nosso povo", afirmou a PDVSA em alusão às sanções americanas.

As manchas de petróleo foram encontradas ao longo de 2 mil quilômetros de costa do Nordeste brasileiro. Especialistas consultados pela AFP alertam que os resíduos de petróleo ameaçam ecossistemas muito sensíveis, como praias, mangues e recifes. (AFP)

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