CPI ouve dois cientistas sobre a pandemia
A microbiologista e diretora-presidente do Instituto Questão de Ciência, Natália Pasternak, afirmou ontem (11) à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia do Senado que não existe qualquer evidência científica sobre a eficácia da cloroquina no tratamento da Covid-19.
Na avaliação da pesquisadora, usuários do medicamento e médicos defensores do chamado tratamento precoce com o fármaco se baseiam em “evidências anedóticas”, baseados apenas em “causos, histórias”, disse, ao afirmar que o medicamento já foi testado em casos leves e graves, em cobaias e humanos. A cientista afirmou ainda que a cloroquina “nunca teve plausibilidade biológica para funcionar”.
Além de Natália Pasternak, o médico sanitarista e ex-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) Cláudio Maierovitch, presta depoimento à CPI. Na avaliação dele, faltaram planos adequados de enfrentamento à pandemia no governo federal.
Como exemplo, ele citou a questão dos insumos. “O plano prevê, necessariamente, o seu monitoramento. Nós estávamos acostumados a trabalhar com isso, em diversas crises, constituição de um Comitê de Operações de Emergência e Saúde, um acompanhando as respostas e necessidades de cada estado, de cada município”, acrescentou. (Da Redação com Estadão Conteúdo)