PM afasta envolvidos em morte de grávida
A Polícia Militar do Rio afastou 12 policiais que atuaram na ação que terminou com a morte da jovem grávida Kathlen Romeu, de 24 anos, do serviço das ruas. Os PMs tiveram suas armas recolhidas para perícia - ao todo, 21 armas foram recolhidas.
O caso está sendo investigado pela Delegacia de Homicídios da Capital, que ontem (11), ouviu o depoimento da avó de Kathlen, Sayonara Fátima de Oliveira. Ela estava junto com a jovem no momento em que Kathlen foi atingida, no fim da tarde de terça-feira, 8.
No momento em que foi baleada, segundo informou a PM, policiais militares trocavam tiros com criminosos no Complexo do Lins, na zona norte do Rio. A jovem foi encontrada logo depois, com uma perfuração no tórax. Laudo do IML apontou que ela foi atingida por um tiro de fuzil.
Kathlen Romeu estava grávida de quatro meses. Ela havia se mudado do Lins há cerca de um mês, e estava na comunidade visitando familiares. De acordo com o pai da jovem, Luciano Gonçalves, a mudança havia ocorrido justamente para escapar da violência no local.
“Eu preciso gritar por justiça por Kathlen. Não foi em vão. Não vai ser em vão. Ela foi a última. Gravem esse nome, não foi em vão”, afirmou a mãe da vítima, Jaqueline de Oliveira Lopes, ao sair da delegacia. Kathlen, de 24 anos, era designer de interiores, trabalhava numa loja de roupas em Ipanema (zona sul) e estava grávida de 14 semanas. O bebê também não resistiu. (Da Redação com Estadão Conteúdo)