Operação da Polícia Federal apura corrupção na OAB de São Paulo
Agentes cumpriram seis mandados de busca e apreensão em São Paulo, Santana de Parnaíba e Jundiaí
A Polícia Federal deflagrou nesta segunda-feira (16) a Operação Ateliê para investigar suspeita de crimes de corrupção, tráfico de influência, advocacia administrativa e associação criminosa, praticados no âmbito da seccional paulista da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-SP). As penas, somadas, podem chegar a 12 anos de reclusão. Em novembro, a OAB de São Paulo vai eleger seu novo presidente.
De acordo com a corporação, dois advogados foram cautelarmente afastados de suas funções na entidade. Agentes cumpriram seis mandados de busca e apreensão em São Paulo, Santana de Parnaíba e Jundiaí.
A ofensiva é um desdobramento da Operação Biltre, que mirou um grupo formado por um empresário e dois advogados, um deles membro do Conselho Secional da OAB, por suposta solicitação de propina de R$ 250 mil para atuar no Tribunal de Ética e Disciplina da entidade e encerrar processos disciplinares em tramitação, bem como retirá-los de pauta.
A OAB-SP e seu Tribunal de Ética e Disciplina (TED) afirmaram, em nota, que nenhum conselheiro ou integrante da atual gestão é alvo das diligências, e que iniciou uma apuração interna. (Da Redação com Estadão Conteúdo)