Saúde orienta dose de reforço em pessoas acima de 60 anos
Cerca de 7 milhões de brasileiros estão na faixa etária
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou ontem (28), em vídeo publicado nas redes sociais, que o governo vai iniciar a aplicação de dose de reforço da vacina contra a Covid-19 em pessoas com mais de 60 anos de idade. De acordo com Queiroga, são cerca de 7 milhões de brasileiros nessa faixa etária.
“É possível hoje, no final do mês de setembro, já ofertar para os idosos brasileiros uma dose de reforço da vacina. Além dos idosos com mais de 70 anos e dos profissionais de saúde que já foram anunciados como contemplados com o reforço, agora o Ministério da Saúde vai atender aqueles com mais de 60 anos”, disse.
A aplicação do reforço é para as pessoas que tomaram a segunda dose há mais de seis meses, independentemente do imunizante usado no primeiro ciclo de imunização. Até então, essa nova etapa da vacinação está sendo realizada, preferencialmente, com a vacina da Pfizer/BioNTech. Na falta desse imunizante, a alternativa é usar as vacinas de vetor viral Janssen ou Astrazeneca.
Até o momento, o governo federal já distribuiu mais de 284,6 milhões de doses de vacina contra a Covid-19. Dessas, 233,2 milhões foram aplicadas, sendo 145,2 milhões em primeira dose e 87,9 milhões em segunda dose ou dose única. Mais de 639,1 mil foram doses de reforço para idosos, pessoas imunossuprimidas e profissionais de saúde.
Na bula
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recebeu ontem a solicitação da farmacêutica Pfizer para alterar a posologia da sua vacina contra a Covid-19. A solicitação tem como intuito a aprovação do uso da terceira dose do imunizante. Atualmente, a bula só prevê aplicações de duas doses da vacina.
A empresa quer que seja avaliada a aplicação de uma terceira dose do seu imunizante de forma homóloga, ou seja, em todos que já receberam duas doses do imunizante há pelo menos seis meses. O prazo de avaliação do pedido é de 30 dias, desde que não haja a necessidade de esclarecimentos adicionais. O pedido engloba todas as faixas etárias acima de 12 anos.
O estudo clínico apresentado para subsidiar as alegações de eficácia e segurança da aplicação de dose de reforço contou com a participação de voluntários brasileiros, além de americanos e sul-africanos. (Agência Brasil e Estadão Conteúdo)