Ômicron oferece risco, mas não deve paralisar retomada econômica dos EUA

Os comentários constam em discurso que Janet Yellen fará nesta quarta-feira no 90º Encontro de Inverno da Conferência de Prefeitos dos EUA

Por Cruzeiro do Sul

Pessoas que usam m..scaras caminham ao longo do cais do oceano enquanto os Estados Unidos passaram na quinta-feira um total de mais de 4 milh..es de infec....es por coronav..rus durante o surto global da doen..a por coronav..rus (COVID-19) em Huntington Beach, Calif..rnia, EUA, em 23 de julho de 2020 REUTERS / Mike Blake

A secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, reconhece que a variante Ômicron do coronavírus representa um risco ao cenário de curto prazo da maior economia do planeta, mas diz que a cepa não deve paralisar a recuperação. Os comentários constam em discurso que Yellen fará nesta quarta-feira no 90º Encontro de Inverno da Conferência de Prefeitos dos EUA, cujo texto foi divulgado pela manhã.

"A Ômicron apresentou um desafio e provavelmente afetará alguns dos dados nos próximos meses, mas estou confiante de que não prejudicará o que tem sido um dos períodos mais fortes de crescimento econômico em um século", afirma.

Yellen atribui a resiliência econômica ao alto índice de vacinação contra a covid-19 no país e aos efeitos do pacote fiscal de US$ 1,9 trilhão aprovado em março do ano passado. "De certa forma, o ARP sigla em inglês de Plano de Resgate Americano atuou como uma vacina para a economia americana, protegendo nossa recuperação da possibilidade de novas variantes", explica.

A secretária acrescenta que o governo evitou uma crise de despejos com ajuda da legislação. Segundo ela, isso foi possível porque os prefeitos conseguiram enviar três milhões de auxílios de aluguel para as famílias.

Yellen também cita o pacote Build Back Better, que propõe uma série investimentos sociais e de infraestrutura. "Juntos, esses atos legislativos representam uma transformação única em uma geração da nossa economia. Eles levarão a taxas mais altas de produtividade, uma força de trabalho expandida e um maior crescimento do PIB", pontua. (André Marinho / Estadão Conteúdo)