Bolsonaro volta a defender 'isenção' na guerra entre Ucrânia e Rússia

Ele destacou que o País "não mergulhará em aventura"

Por Cruzeiro do Sul

Ex-presidente do Brasil, Jair Bolsonaro precisou entregar seu passaporte à Polícia Federal, após determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes

O presidente Jair Bolsonaro voltou a defender a posição de suposta isenção adotada pelo Brasil na guerra entre Rússia e Ucrânia e destacou que o País "não mergulhará em aventura". "Temos um problema a 10 mil quilômetros daqui. Nossa responsabilidade, em primeiro lugar, é com o bem-estar do nosso povo. Nossa postura tem mostrado para o mundo como estamos agindo neste episódio. Estamos conectados com o mundo todo, e o equilíbrio, isenção e respeito a todos se fazem valer pelo chefe do Executivo. O Brasil não mergulhará em uma aventura", declarou o presidente em evento para marcar o novo contrato de concessão das rodovias Dutra e Rio-Santos, conquistados pela CCR, em São José dos Campos (SP).

"O Brasil tem seu caminho, respeita liberdade de todos, faz tudo pela paz, mas em primeiro lugar temos que dar exemplo para isso", acrescentou.

Bolsonaro tem sido criticado por posições consideradas pouco firmes sobre a guerra e por ter visitado o presidente da Rússia, Vladimir Putin, uma semana antes do início do conflito armado.

Ainda assim, o Brasil votou por condenar a invasão russa na sessão extraordinária da Assembleia-Geral das Nações Unidas. Nesta quinta-feira, em transmissão ao vivo nas redes sociais, o presidente disse que o "equilíbrio" é a posição mais sensata neste momento.

No discurso em São José dos Campos, Bolsonaro ainda voltou a dizer que o governo acertou na condução da pandemia de covid-19. "Salvamos a economia e muitas vidas", disse o presidente. "Entregarei amanhã, um amanhã bem distante, um Brasil muito melhor do que recebi". (Estadão Conteúdo)