Incêndio atinge 4 prédios na região da 25 de Março

Fogo fez estragos também na primeira igreja ortodoxa do Brasil

Por Cruzeiro do Sul

As causas do incêndio ainda serão investigadas.

Os bombeiros controlaram na manhã de ontem um incêndio de grandes proporções que havia começado por volta das 21h do domingo em um edifício comercial, no número 95 da rua Barão de Duprat, no bairro da Sé, no centro de São Paulo.

Foram atingidos quatro imóveis comerciais e uma igreja ortodoxa na região da 25 de Março, importante polo do comércio popular na capital. Pelo menos dois bombeiros foram socorridos com queimaduras de segundo grau.

A causa do incêndio ainda é desconhecida e deve ser investigada. Segundo o capitão Elias, o imóvel não tem o Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB).

Os bombeiros feridos foram resgatados conscientes e encaminhados a um hospital do Tatuapé, na zona leste. O soldado Felipe Santiago Marcelino, de 22 anos, está com 39% de queimaduras no corpo, em situação estável, e permanece na UTI. Já o soldado Helliton Rocha Silva do Nascimento, de 33 anos, apresenta 16% de queimaduras no corpo e está internado na enfermaria do hospital. Não há informações sobre outras vítimas.

Segundo o Corpo de Bombeiros, o edifício onde começou o fogo abriga uma galeria comercial de artigos populares e para festa. “Não há risco de desabamento, mas uma das lojas atingidas pelo fogo colapsou completamente”, disse à Rádio Eldorado o capitão André Elias, do Corpo de Bombeiros. Duas lojas ficaram completamente destruídas e um edifício de seis andares também foi danificado.

Primeira igreja ortodoxa do Brasil, a Igreja Ortodoxa Antioquina da Anunciação à Nossa Senhora está entre os imóveis atingidos no incêndio. De 1904, o templo religioso é tombado na esfera municipal desde 2007, junto a outras edificações do chamado ‘Centro Velho”, e é um marco da imigração sírio-libanesa no País

Prejuízos

Em decorrência do caso, alguns empresários se sentiram mal, choraram e foram amparados pelos familiares enquanto os bombeiros combatiam as chamas. Outros ficaram apenas olhando, incrédulos, para os prédios enegrecidos pela fumaça na manhã de ontem.

“Estão todos arrasados e preocupados como será a liberação de tudo para tentar voltar ao normal”, disse Claudia Hurias, diretora executiva da União dos Lojistas da 25 de Março.

Outra preocupação dos comerciantes se refere ao tempo para a liberação das ruas. A recomendação dos bombeiros é para que as lojas permaneçam fechadas e não há previsão de liberação para abertura. Um lojista se lembrou de um incêndio anterior, quatro anos atrás, em que precisou de pelo menos três dias para voltar ao trabalho. (Estadão Conteúdo)