Psiquiatra atesta que Torres não pode depor
A defesa do ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, pediu e obteve o adiamento do depoimento previsto para ontem (24), data em que sua prisão preventiva completou 100 dias. Torres deveria depor na Polícia Federal sobre as operações realizadas pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) nas eleições do ano passado.
Os advogados de Torres haviam pedido uma avaliação psicológica do cliente. O acompanhamento de rotina faz parte do protocolo de atendimento aos presos. De acordo com a defesa, a psiquiatra da Secretaria de Saúde do Distrito Federal atestou que o ex-ministro não tem condições de “comparecer a qualquer audiência no momento por questões médicas (ajuste medicamentoso), durante 1 semana”.
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou na semana passada mais um pedido da defesa para colocá-lo em liberdade. “Ocorre que, após ter ciência do indeferimento do pedido de revogação de sua prisão preventiva, o estado emocional e cognitivo do requerente, que já era periclitante, sofreu uma drástica piora”, escreveram os advogados no pedido de adiamento, alegando ainda “piora significativa no quadro depressivo”.
A prisão foi decretada na investigação sobre o papel de autoridades nos atentados aos Três Poderes ocorridos no dia 8 de janeiro. Ele é o único que permanece preso. (Estadão Conteúdo)