‘Tatuzão’ do metrô passará pelas ruas de SP

Por Cruzeiro do Sul

Máquina chegou ao porto de Santos vinda da China

Deve começar esta semana o transporte das peças que vão formar a máquina responsável por cavar 7,5 quilômetros de túneis para a construção de oito novas estações de metrô da Linha 2-Verde, na capital paulista. Esse tipo de máquina é popularmente conhecido como Tatuzão. Esse foi fabricado na China e recebeu informalmente o nome de Cora Coralina (poetisa goiana que viveu de 1889 a 1985). Transportado para o Brasil de navio, está no porto de Santos desde a madrugada do dia 8 e vai começar a ser transportado até o canteiro de obras na Vila Formosa (zona leste). Como são cerca de 70 peças gigantes, a estimativa é de que o transporte demore pelo menos um mês, podendo se estender por mais dois.

Esse tatuzão é o maior já usado na América do Sul. Tem 11,66 metros de diâmetro e pesa 2.740 toneladas. Foi fabricado pela empresa China Railway Engineering Equipment Group (Creg) e comprado pelo consórcio CML2 com assistência da empresa Comexport, responsável também pela importação e logística de transporte do aparelho. As cerca de 70 peças que compõem a máquina foram embarcadas no porto de Taicang, na China, e viajaram cerca de 50 dias no navio cargueiro Leopold Staff até chegar a Santos. Em geral, as cargas a serem transportadas em navios são acondicionadas em contêineres, mas as maiores peças do tatuzão não cabem em nenhum modelo deles, então foram transportadas amarradas ao navio, num tipo de transporte conhecido como Break Bulk, usado para cargas de tamanhos especiais.

Agora que chegaram ao porto de Santos, o próximo passo é transportar as peças para o Complexo da Rapadura, que atualmente é um canteiro de obras e será uma base de manutenção e estacionamento de trens, na Vila Formosa.

O transporte de Santos a São Paulo será feito pela pista norte da rodovia dos Imigrantes, como ocorre com todas as operações envolvendo cargas especiais, segundo a concessionária Ecovias. As peças serão levadas de segunda a quinta-feira, e esporadicamente aos sábados, sempre das 23h às 5h, período em que o fluxo de veículos e o impacto no tráfego são menores. (Estadão Conteúdo)