Número de inscritos no Mais Médicos supera em quase seis vezes vagas disponíveis
O número de inscritos no programa Mais Médicos superou em quase seis vezes o número de vagas disponíveis. De acordo com o Ministério da Saúde, 34.070 médicos se cadastraram na chamada do programa para ocupar 5.970 postos de trabalho em todo País. A estimativa da pasta é que a partir de 16 de junho as inscrições sejam confirmadas e os médicos comecem a trabalhar nos municípios escolhidos.
O maior número de inscrições foi de profissionais brasileiros (com registro médico no País e no exterior): 30.175. Além deles, 3.895 médicos estrangeiros com registros no exterior se candidataram.
- Médicos com CRM: 19.652;
- Brasileiros com registro no exterior: 10.523;
- Estrangeiros com registro no exterior: 3.895;
- Total de brasileiros inscritos: 30.175;
- Total geral: 34.070.
Candidatos brasileiros formados no País terão prioridade na seleção. Além disso, serão observados outros critérios como titulação, formação e experiência prévia. Caso haja empate entre os selecionados, terão prioridade aqueles que morarem mais próximo ao município escolhido, que sejam formados há mais tempo e tenham maior idade.
Criado para levar auxílio médico a áreas de difícil acesso, o Mais Médicos foi alvo de críticas e passou por uma reformulação a fim incentivar o preenchimento de vagas. Uma comissão mista do Congresso Nacional aprovou, com algumas alterações, a Medida Provisória enviada pelo governo federal para relançar o programa. A MP ainda será apreciada pelo plenário da Câmara dos Deputados.
A partir de agora, os inscritos selecionarão os municípios onde desejam atuar. Após essa etapa será possível identificar se os mecanismos de incentivo propostos para potencializar a ocupação de vagas em regiões remotas serão eficientes. Um dos mecanismos prevê que o profissional receba adicional de 10% a 20% do valor da bolsa caso atue em municípios mais vulneráveis. Médicos cuja formação foi apoiada pelo Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) também poderão receber benefícios para pagamento da dívida.
Entre as modificações feitas pelo Congresso na MP enviada pelo governo está a redução no prazo para que médicos estrangeiros sem revalidação do diploma atendam no País. O governo havia sugerido período de oito anos, que foi reduzido a quatro pela comissão. Esses profissionais também deverão fazer avaliações periódicas e ter ao menos quatro anos de atuação na área. (Estadão Conteúdo)