Suspeito de balear baixista do grupo Ultraje a Rigor é preso
Segundo a polícia, o disparo aconteceu em uma região dominada pelo crime organizado
A Polícia Civil prendeu no domingo (3) um homem suspeito de disparar o tiro que atingiu o baixista Mingau, do grupo Ultraje a Rigor, no fim de semana, em Paraty, no Rio de Janeiro. Segundo a polícia, o disparo aconteceu em uma região dominada pelo crime organizado. Ele está internado em estado grave em um hospital de São Paulo.
Com o suspeito, os agentes apreenderam uma pistola ponto 40, mesmo calibre da arma que atingiu o artista. Também foram apreendidos dois carregadores, um kit rajada e drogas. Outros três suspeitos foram identificados e estão sendo procurados pela polícia.
Mingau foi baleado na noite de sábado (2) e, após ser internado e transferido de helicóptero para São Paulo, passou no domingo por uma cirurgia intracraniana de mais de três horas de duração no Hospital São Luiz, no Itaim. Segundo boletim médico divulgado na noite de domingo, “o quadro clínico é grave, e o paciente seguirá aos cuidados da unidade de terapia intensiva, sedado e mantido sob ventilação mecânica”.
Ponto de droga
A região onde o baixista foi baleado é um conhecido ponto de venda de drogas. A Polícia Civil diz que a área é dominada pelo Comando Vermelho (CV), mas essa não é a única facção que atua em Paraty. A despeito de ser conhecida como “a Cancún brasileira”, em alusão ao destino turístico mexicano, a cidade e o entorno têm sofrido com a criminalidade.
Mingau foi baleado quando chegava com uma picape de cor escura na Ilha das Cobras, bairro que registra atuação do CV, segundo o delegado Marcello Russo, que investiga o caso. A polícia suspeita que os traficantes se confundiram com o veículo do artista.
Segundo o pesquisador, grupos homicidas atuam há muitos anos na região. ‘Provavelmente de grupos de extermínio e assassinos de aluguel atuando em processos ilegais de ocupação do espaço‘, diz o professor da UFF.
Rinaldo Oliveira Amaral, o Mingau, integra o grupo Ultraje a Rigor desde 1999. Entre os anos de 1982 e 1985, ele foi guitarrista da banda Ratos do Porão. Também teve passagens por Inocentes e 365. (Estadão Conteúdo)