Servidora é presa por desviar R$ 2,5 milhões

Por Cruzeiro do Sul

Eliana desviou dinheiro de processos arquivados no TJ

Uma funcionária pública do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) está presa preventivamente por suspeita de envolvimento em um golpe que desviou cerca de R$ 2,5 milhões, montante vinculado a processos arquivados.

Ainda segundo informações do órgão divulgadas ontem (4), Eliana Vita de Oliveira, de 53 anos, era servidora do Departamento de Inquéritos Policiais (Dipo) do TJ-SP. Além da ação penal, há contra ela procedimento administrativo disciplinar em andamento. A defesa da servidora afirma que a apuração ainda é preliminar e diz que vai se manifestar depois que todas as provas recolhidas forem apresentadas.

Conforme o tribunal, há processo em andamento para apurar os crimes de peculato e associação criminosa, que teriam sido praticados por ela. “Estima-se que foram desviados cerca de R$ 2,5 milhões, montante vinculado a processos arquivados. Supostamente a indiciada teria elaborado ofícios para viabilizar a transferência de valores para contas bancárias de comparsas”, afirma o TJ-SP.

Em nota, a Secretaria da Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP) disse que a Polícia Civil, por meio do Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania (DPPC), instaurou inquérito policial pela 3ª Delegacia de Polícia da Divisão de Investigações sobre Crimes Contra a Administração (DICCA), em julho deste ano, para apurar os crimes de peculato e associação criminosa contra a servidora do Tribunal de Justiça.

Em 3 de agosto, a autoridade policial finalizou o inquérito com a representação pela prisão preventiva da mulher, que foi encaminhado à Justiça. “A indiciada foi presa na segunda-feira passada (25). Outros seis envolvidos também foram indiciados pelos crimes”, disse a pasta.

Procurado pela reportagem, o advogado Marcelo Rigonato, que defende Eliana, disse que os fatos ainda estão em um momento inicial de apuração. O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) já ofereceu denúncia contra ela.

“Vamos nos manifestar nos autos. É preciso, no momento, evitar tomar decisões precipitadas. O assunto é delicado e precisa ser analisado com profundidade. Em um momento oportuno, a defesa irá se manifestar e apresentar mais detalhes.” (Estadão Conteúdo)