Posse de ministros ‘fechada’ irrita Lira
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva realizou uma cerimônia fechada à imprensa e sem transmissão ontem (13), para dar posse a seus três novos ministros. O fato de a solenidade ser reservada irritou o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e líderes partidários da Casa.
A nomeação dos novos ministros conclui as alterações no primeiro escalão do governo promovidas por Lula para fortalecer sua base no Legislativo. A negociação durou meses e incluiu Arthur Lira.
O Centrão queria uma cerimônia no Palácio do Planalto similar à que marcou a ida de Celso Sabino (União Brasil) para o Turismo, no início de agosto, e não apenas a transmissão de cargo nos ministérios, prevista no caso de Fufuca (PP) e “Silvinho” (Republicanos).
Um interlocutor de Lira disse à reportagem que o incômodo ocorre porque a posse foi fechada em uma sala, com apenas quatro pessoas. Compareceram à solenidade, no Palácio do Planalto, pessoas próximas aos novos ministros e aliados políticos. O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), também esteve na reunião fechada.
Assinaram os respectivos termos de posse: André Fufuca, que é deputado pelo PP do Maranhão e assume o Ministério do Esporte; Silvio Costa Filho, que é deputado pelo Republicanos de Pernambuco e assume o Ministério de Portos e Aeroportos; Márcio França, que deixa o Ministério de Portos e Aeroportos para assumir o recém-criado Ministério do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte.
Já as cerimônias de transmissão de cargo foram realizadas no período da tarde, sem a presença de Lula. O Palácio do Planalto divulgou trechos de um vídeo no qual o presidente disse estar “muito satisfeito” com a conclusão da reforma ministerial.
O anúncio dos nomes dos novos ministros foi feito no dia 6 de setembro, por meio de nota. Na ocasião, Lula não deu declarações ou divulgou fotos com os então futuros ministros. No dia seguinte, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, disse que a imagem de Lula com seus novos auxiliares viria em “momento adequado”.