Em cinco dias, PM prende 118 detentos em saidinhas temporárias

A Polícia Militar prendeu 118 detentos que descumpriram medidas protetivas impostas pela Justiça durante a saída temporária de setembro. As capturas ocorreram entre os dias 12 e 16, em todo o Estado de São Paulo. A “saidinha”, como é chamada, começou no dia 12 deste mês e terminou no último domingo (18). As informações foram divulgadas pela Secretaria da Segurança Pública (SSP). Segundo a pasta, um acordo entre o governo estadual e o Poder Judiciário, com um modelo inédito de monitoramento dos presidiários, possibilitou as detenções.

De acordo com a secretaria, a parceria permite que os PMs tenham acesso, nós próprios dispositivos móveis das viaturas, aos processos dos presos, enquanto eles estão nas ruas. Dessa forma, durante a abordagem, os agentes de segurança conseguem verificar se as regras da saída temporária determinadas pela Justiça estão sendo cumpridas. É possível averiguar, por exemplo, se o condenado está fora de casa em horário proibido. Nesse caso, o encarcerado é levado, imediatamente, de volta à penitenciária.

A SSP explica que, antes, não havia comunicação direta entre a polícia e o Judiciário sobre infratores flagrados desrespeitando medidas, o que impossibilitava o monitoramento eficiente. “Ou seja, caso (o detento) fosse abordado, só era possível verificar sua condição junto à Justiça na delegacia”, informou. Agora, conforme a pasta, com o novo acordo, o processo de checagem ficou mais ágil.

Para o secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, o recurso deve impactar diretamente na redução da incidência criminal, pois contribuirá para evitar que os presos cometam novos delitos no período fora do sistema prisional. “O número, por si só, já mostra a eficiência da projeto inédito. Vamos combater diretamente a reinciência criminal, retirando das ruas condenados que, por ventura, possam cometer, novamente, algum tipo de crime. A população terá mais segurança com essa medida, já que se sente extremamente vulnerável durante todas as saídas temporárias, sensação comprovada pelos índices criminais do período”, falou Derrite. (Vinicius Camargo, com informações da SSP)