Itamaraty diz que impasse para retirar brasileiros de Gaza se mantém

Cerca de 30 pessoas aguardam resgate; apesar das negociações, não há data prevista para que o grupo seja retirado da região

Por Cruzeiro do Sul

Cerca de 30 brasileiros que estão na Faixa de Gaza aguardam resgate

Continuam em um impasse as negociações para retirar os cerca de 30 brasileiros que estão na Faixa de Gaza aguardando resgate. O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, afirmou à imprensa nesta quarta-feira (18) que eles continuam trabalhando para “que isso aconteça no prazo mais rápido possível.”

Apesar das negociações, ainda não há uma data prevista para saída de Gaza. “Depende um pouco de uma série de questões. Tanto do lado de Israel, também das autoridades de Gaza, quanto do lado do Egito, para se chegar a um acordo”, destacou.

Vieira acrescentou que os guichês de atendimento para sair da Faixa de Gaza são poucos e que existem cerca de cinco mil estrangeiros querendo sair de Gaza. “Por essas questões todas práticas que ainda não foram abertas as passagens e que não pôde haver a saída dos brasileiros e dos outros nacionais”, concluiu.

Os cerca de 30 brasileiros que querem deixar a Faixa de Gaza estão divididos em dois grupos: um que está na cidade Rafah a cerca de 1 quilômetro da fronteira e outro em Khan Yunis, a cerca de 10 km da fronteira. O transporte dos brasileiros que estão em Gaza será feito por veículos contratados pelo governo brasileiro.

Após ultrapassar à fronteira, eles devem seguir para o aeroporto indicado pela autoridade egípcia. O avião presidencial cedido para retirar os brasileiros de Gaza já está no Cairo, capital do Egito.

A brasileira Shaed Al-Banna, de 18 anos, em vídeo enviado na segunda-feira (16) já demonstrava ansiedade devido à falta de perspectiva para sair de Gaza. “Parece que vamos demorar muito para sair ainda desse país. Estou cansada, perdi muito peso de tão ansiosa, preocupada e tanto medo que estou sentindo. Já não sei o que fazer mais. Não quero perder a esperança, mas está difícil”, relatou. (Agência Brasil)