Milicianos incendeiam 35 ônibus no Rio

Por Cruzeiro do Sul

Este é o maior ataque a ônibus da história do município

 

Pelo menos 27 ônibus foram incendiados na tarde de ontem (23), na zona oeste do Rio de Janeiro, segundo a prefeitura da capital e a polícia fluminense. Até a publicação desta reportagem, não havia registro de presos.

Segundo a Polícia Civil, os ataques foram praticados por um grupo de milicianos em represália à morte do vice-líder da quadrilha, ocorrida horas antes, durante um confronto com policiais civis numa favela de Santa Cruz, bairro da zona oeste

Por volta das 17 horas, o município do Rio entrou em estágio de mobilização, o segundo de uma escala de cinco, e significa que há risco de ocorrências de alto impacto na cidade.

Matheus da Silva Resende, de 24 anos, é sobrinho de Luis Antônio da Silva Braga, o Zinho, que desde 2021 é o líder do principal grupo miliciano que atua no Rio. Resende, conhecido como Teteu ou Faustão, era o segundo na hierarquia do grupo, segundo a polícia.

Ele foi morto durante confronto com policiais civis da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), o grupo de elite da Polícia Civil fluminense, e do Departamento Geral de Polícia Especializada (DGPE), na favela Três Pontes, em Santa Cruz. Nessa mesma operação, uma criança de 10 anos foi atingida de raspão na perna por uma bala perdida.

Depois da morte, os ônibus começaram a ser atacados e incendiados. O Centro de Operações Rio (COR-Rio), órgão da prefeitura que monitora a cidade por meio de câmeras, informou que o primeiro ônibus que pegou fogo estava na Rua Felipe Cardoso, na altura do BRT Cajueiros, em Santa Cruz, na zona oeste.

Segundo o sindicato das empresas de ônibus, esse já é o maior ataque a ônibus da história do município do Rio. Pneus também foram incendiados e veículos atravessados em vias expressas da cidade. (Estadão Conteúdo)