Região Sul registra 7 mortos por causa das chuvas nos últimos dias
Governos atuavam no domingo (19) para tirar moradores de áreas de risco e auxiliar os afetados
Matéria atualizada às 20h06 desta segunda-feira (20)
O nível do rio Guaíba voltou a ultrapassar a cota de inundação ontem (20), motivando a Prefeitura de Porto Alegre a iniciar o processo de fechamento das comportas do sistema de proteção contra as cheias.
Segundo o Departamento Municipal de Águas e Esgotos (Dmae), o nível da água atingiu 3,04 metros por volta das 7h, próximo ao Cais Mauá, na região central da cidade. A marca supera a cota de inundação, que é de 3 metros.
Esta é a terceira vez, desde 25 de setembro, que a Prefeitura de Porto Alegre fecha, preventivamente, parte das comportas que integram o sistema municipal de proteção contra cheias. Desde 2015, quando o nível do rio atingiu 2,97 metros, o sistema não precisava ser acionado.
De acordo com o Dmae, o Guaíba está recebendo água de outros rios que registraram volumes excessivos de chuva nos últimos dias, ameaçando principalmente a população ribeirinha.
Mortes e feridos
As fortes chuvas que atingem o Rio Grande do Sul desde a última quarta-feira (15) já mataram ao menos quatro pessoas. Até a noite de domingo (19), mais de 194 mil pessoas já tinham sido direta ou indiretamente afetadas, em todo o Estado, pelas fortes chuvas, vendavais, enxurradas, inundações e soterramentos decorrentes dos recentes eventos climáticos.
Cento e trinta e oito cidades reportaram à Defesa Civil que sofreram danos e ocorrências diversas. Além das mortes, o órgão estadual já registra 63 pessoas feridas; 7.527 desalojadas (indivíduos que tiveram que buscar abrigo temporário nas residências de parentes ou amigos ou em pousadas e hotéis) e 2.653 desabrigadas, ou seja, que sem ter onde ficar, tiveram que ser levadas para abrigos públicos ou de instituições. Duas das quatro mortes já confirmadas aconteceram em Gramado, no sábado (18) à tarde.
Em Santa Catarina, 11 prefeituras decretaram estado de calamidade pública: Trombudo Central, Rio do Sul, Vidal Ramos, Rio do Oeste, Pouso Redondo, Botuverá, São João Batista, Agrolândia, Braço do Trombudo, Agronômica e Lontras.
Em Taió, cidade do Alto Vale do Itajaí, duas idosas morreram no último dia 16, depois que o carro em que elas estavam afundou ao passar por uma área alagada. Em todo o Estado, ao menos 5.858 pessoas tinham sido obrigadas a deixar suas residências. (Agência Brasil)
SÃO PAULO
Cidades de São Paulo registraram queda de árvores após as fortes chuvas e ventania na noite de sábado, 18. Em algumas partes da região metropolitana, como Embu das Artes e Taboão da Serra, interrupções no fornecimento de energia prejudicaram o abastecimento de água. Na capital, ao menos 100 árvores haviam caído até a metade da manhã de domingo, de acordo com a Defesa Civil do Estado.
Foram registrados ventos de forte intensidade nas regiões de Bauru, Franca, Marília, Ribeirão Preto, Presidente Prudente, Vale do Paraíba e na capital paulista, segundo a Defesa Civil. Não há registro de feridos graves.
Às 12h30 de domingo, a Enel Distribuição afirmou que a pancada de chuva com ventos que atingiu parte da região metropolitana na noite de sábado afetou o fornecimento de energia em alguns locais, mas que o serviço já havia sido restabelecido para mais de 90% dos afetados.
Nas redes sociais, moradores das zonas norte, sul e oeste reclamaram da falta de energia. Segundo o Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE) da Prefeitura de São Paulo, a cidade entrou em estado de atenção para alagamentos às 12h42.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo. (Estadão Conteúdo)