Campeã do Carnaval de SP será conhecida hoje

Ordem dos quesitos foi sorteada ontem. Apuração vai começar às 16h, no Sambódromo da Anhembi

Por Cruzeiro do Sul

Mocidade Alegre é a atual campeã do Carnaval de SP e uma das favoritas ao posto deste ano

O Sambódromo do Anhembi vai ser palco, hoje (13) da apuração das Campeãs do Carnaval 2024. Segundo a Liga SP as escolas de samba serão avaliadas em nove quesitos. Ontem (12), a ordem da divulgação das notas foi definida em sorteio realizado pela entidade e seguirão a seguinte ordem: evolução, comissão de frente, fantasia, enredo, samba-enredo, bateria, alegoria, mestre-sala e porta-bandeira e harmonia. A apuração do Grupo Especial deve começar às 16h. O Desfile das Campeãs será no próximo sábado (17).

A primeira colocada será declarada campeã do Carnaval 2024. As duas últimas colocadas do grupo serão rebaixadas para o Grupo de Acesso 1. Este ano desfilaram na sexta-feira (9): Camisa Verde e Branco, Barroca Zona Sul, Dragões da Real, Independente, Acadêmicos do Tatuapé, Mancha Verde e Rosas de Ouro. No sábado (10) foi a vez de Vai-Vai, Tom Maior, Mocidade Alegre, Gaviões da Fiel, Águia de Ouro, Império de Casa Verde e Acadêmicos do Tucuruvi.

Briga vai ser no ponto a ponto

A segunda noite de desfiles do Grupo Especial de São Paulo 2024 foi marcada pela apresentação da atual campeã, Mocidade Alegre, e pelo retorno da maior vencedora para o grupo de elite, o Vai-Vai. Além das duas escolas, destacaram-se Gaviões da Fiel e Império de Casa Verde. Na primeira rodada de desfiles, na madrugada de sábado, os destaques ficaram por conta de Dragões da Real, Acadêmicos do Tatuapé, Mancha Verde e Rosas de Ouro.
Veja abaixo o resumo das principais apresentações.

Vai-Vai

“São Paulo, 10 de fevereiro de 2024”, foi assim que Mano Brown anunciou o início do desfile, em referência ao começo da música “Diário de um Detento”, faixa do álbum Sobrevivendo no Inferno (Racionais MC’s, 1997). Entre outros detalhes, a apresentação da tradicional escola do Bixiga teve uma ala toda dedicada ao rapper Sabotage e um carro com reproduções pichadas de uma estátua do bandeirante Borba Gato e do Museu de Arte de São Paulo (Masp). O samba enredo teve como tema “‘Capítulo 4, Versículo 3 - da Rua e do Povo” para falar sobre o hip hop.

Tom Maior

A tradicional escola do Sumaré, na zona oeste, chamou a atenção pela variedade de cores nas fantasias e pela imponência dos carros alegóricos. Um deles trouxe a reprodução de uma onça-pintada, que rugia à medida que o desfile avançava pela passarela. A proposta era contar a história de um casal indígena tendo como base o mito de Orfeu e Eurídice.

Mocidade Alegre

Atual campeã do carnaval paulistano, a Mocidade Alegre voltou festejada para a avenida para abordar “Brasiléia Desvairada”, a busca de Mário de Andrade por um país. A apresentação, um dos destaques da noite pelo cuidado estético, foi coberta de referências, como um carro destinado a retratar o livro “Macunaíma”.

Gaviões da Fiel

O samba enredo “Vou te Levar pro Infinito” fez a Gaviões lançar mão de elementos futuristas. “A ideia foi apresentar o infinito de tudo, tanto de coisas boas quanto de coisas ruins. Tenho certeza que quem assistiu ao desfile vai entender esse infinito de amizade, de saúde, de prosperidade”, disse Amilton Alves, presidente da Gaviões. A presença de Sabrina Sato, rainha de bateria, foi mais uma vez comemorada.

Águia de Ouro

Para levar o rádio à passarela, a ideia foi apresentar algumas memórias atreladas ao imaginário coletivo brasileiro, como a narração de gol característica de reproduções antigas. Embalada em azul e branco, a agremiação trouxe elementos como satélites de radiotransmissão nos carros alegóricos e buscou também dar uma visão de futuro, com adereços marcados pelo uso da cor prata

Império de Casa Verde

Com o samba enredo “Fafá, a Cabocla Mística em Rituais da Floresta”, a Império de Casa Verde trouxe a Região Norte para a passarela do samba. A homenagem à cantora Fafá de Belém, segundo representantes da agremiação, abriu a possibilidade não só de retratar a música brasileira e a cultura da capital paraense, a exemplo do Círio de Nazaré, como também elementos da própria Floresta Amazônica. Uma das alas trouxe fantasias com representações do boto cor-de-rosa.

Acadêmicos do Tucuruvi

Com o tema “Ifá”, filosofia que nasceu entre os iorubás, grupo étnico-linguístico africano, a escola exaltou a cultura afro-brasileira durante uma animada apresentação para fechar os desfiles do Grupo Especial. (Da Redação com Estadão Conteúdo)