São Paulo adota dose única contra HPV

Por Cruzeiro do Sul

A Secretaria de Estado da Saúde (SES) informou que passou a adotar o esquema do Ministério da Saúde, que prevê dose única para vacina contra o HPV (Papilomavírus Humano) no Sistema Único de Saúde (SUS). O imunizante é recomendado para crianças e adolescentes de 9 a 14 anos. O objetivo é ampliar a cobertura vacinal nessa faixa etária.

Contudo, segundo a SES, imunossuprimidos e vítimas de violência sexual, que também podem receber a vacina do HPV na rede pública de saúde, continuarão com o esquema recomendado anteriormente, de duas ou mais doses, conforme cada caso.

De acordo com o Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE) o País segue com adesão abaixo da média e o objetivo é ampliar a cobertura vacinal e com isso alcançar maior proteção contra o câncer de colo de útero decorrentes do HPV. A cobertura vacinal em todo o Estado até 2023 foi de 77,1% na primeira dose para meninas, caindo para 60,6% na segunda dose. Já para os meninos, a cobertura vacinal no ano passado foi de 53,2% na primeira dose e de apenas 33,7% na segunda. No caso dos homens, a vacina pode proteger contra o câncer de pênis, orofaringe e ânus. Além disso, a imunização previne mais de 90% das verrugas genitais.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que cerca de 80% da população sexualmente ativa será contaminada, em algum momento da vida, pelo HPV, vírus responsável pela infecção da pele ou mucosa (oral ou genital) de homens e mulheres, sendo transmitido majoritariamente por meio de relações sexuais. A maioria das pessoas não apresenta sintomas e sequer sabe que está infectada, tendo em vista que o vírus pode passar anos sem se manifestar no organismo.

A vacinação contra o HPV está disponível nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), nos Serviços de Atenção Especializada (SAE) e nos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE). A vacina está disponível gratuitamente, no SUS, para meninas e meninos de 9 a 14 anos; pessoas de 9 a 45 anos em condições clínicas especiais, como as que vivem com HIV/Aids, transplantados de órgãos sólidos ou medula óssea e pacientes oncológicos (imunossuprimidos); vítimas de abuso sexual; e pessoas portadoras de papilomatose respiratória recorrente (PRR). (Da Redação, com informações da SES)