Governo de São Paulo oferece ajuda para refugiados
O governo estadual oferece um importante suporte para refugiados. A Secretaria Estadual de Desenvolvimento Social conta com oito Repúblicas e duas Casas de Passagem para o acolhimento de migrantes, refugiados e vítimas de tráfico humano. Ao todo são cerca de 200 vagas rotativas, e a média de permanência no serviço é de três meses, tempo que pode ser prorrogado por igual período, dependendo da necessidade. Os encaminhamentos são feitos pelo Posto Avançado de Atendimento Humanizado ao Migrante, localizado no Aeroporto Internacional de Cumbica e gerido pela prefeitura de Guarulhos.
De acordo com a Agência da Organização das Nações Unidas (Onu) para Refugiados (Acnur), o termo representa pessoas “que estão fora de seu país de origem devido a fundados temores de perseguição relacionados a questões de raça, religião, nacionalidade, pertencimento a um determinado grupo social ou opinião política, como também devido à grave e generalizada violação de direitos humanos e conflitos armados”.
O objetivo é, além de oferecer condições de moradia e alimentação, acolher os migrantes da melhor forma através de uma equipe multidisciplinar para garantir que todos eles sejam respeitados, independentemente de cultura e religião. Eles também recebem orientações sobre a emissão de documentos, cadastro no CadÚnico para inclusão em programas sociais; ensino da língua portuguesa e encaminhamento para o mercado de trabalho.
Experiências
Um morador da Casa é Ahmad (nome fictício), que chegou ao país há dois meses e meio. Professor de línguas no Afeganistão, ele, ao contrário da maioria dos refugiados afegãos, escolheu o Brasil para morar. Em pouco tempo já está falando bem o português, graças aos professores que encontrou na Casa de Passagem e à sua dedicação em aprender nosso idioma. “Descobri que São Paulo é uma terra de grandes oportunidades e que aproveita nossas habilidades. Decidi ficar e trabalhar ensinando idiomas, já que aqui na capital vivem pessoas de todos os lugares do mundo”, relata Ahmad.
Já Ahli (nome fictício), com apenas 20 anos e vítima constante do medo, desde cedo foi obrigado a testemunhar cenas terríveis de guerra e conviveu com a opressão. Ele não encontrou outra forma de sobreviver senão fugir. O jovem nasceu no Afeganistão, e aos sete anos foi morar no Irã. Mais de uma década depois, ao tomar conhecimento da política de vistos humanitários do Brasil, solicitou o benefício e foi contemplado. Em novembro de 2023, saiu do Irã, desembarcou no Aeroporto Internacional de Cumbica, em Guarulhos (SP), acompanhado de seus dois irmãos e foi atendido em um dos serviços oferecidos pelo Governo de SP para o acolhimento de refugiados. Ele está esperando uma oportunidade para morar nos Estados Unidos, onde tem outros dois irmãos que já vivem por lá. (Da Redação, com informações do Governo de SP)