Deolane tem prisão domiciliar revogada e volta para prisão
Motivo foi o descumprimento de medidas cautelares pela influenciadora
A Justiça de Pernambuco decidiu revogar a prisão domiciliar da influenciadora Deolane Bezerra, de 36 anos. Conforme a Polícia Civil, ela foi presa no Fórum Rodolfo Aureliano, no Recife, ao assinar os termos da sua prisão domiciliar, quando foi informada da decisão.
“A motivação foi o descumprimento de medidas cautelares impostas pela Justiça para a concessão de sua prisão domiciliar”, informou a Polícia Civil de Pernambuco. Deolane tem afirmado ser vítima de “injustiça”.
Na tarde de segunda-feira (9), quando deixou a prisão após decisão judicial, usando tornozeleira eletrônica, ela falou com as pessoas que se aglomeraram no entorno à espera da sua saída, chegou a ser erguida e criticou a sua prisão: “minha prisão é criminosa”. Também falou com os jornalistas que estavam em frente à Colônia Penal Feminina do Recife.
Também na segunda-feira, ela publicou uma foto em suas redes sociais em que aparece “amordaçada”. Na legenda da imagem, apenas escreveu: “carta aberta”, em referência à publicação feita no domingo (8), em que reiterou sua inocência em relação à investigação policial que investiga uma organização criminosa suspeita de jogos ilegais e lavagem de dinheiro.
Com a decisão revogada, Deolane voltaria para a mesma unidade, onde foi presa na quarta-feira passada, dia 4, em decorrência da operação. Na unidade prisional, também permanece detida a sua mãe, Solange Bezerra.
Investigação
As autoridades dizem que entre os alvos da investigação está um grupo ligado a bets (sites de apostas esportivas), mas afirmam que o alvo da investigação são atividades não permitidas pela lei (apostas esportivas são regulares). Há suspeita de que as bets eram usadas para lavar dinheiro do jogo do bicho.
Além de 19 mandados de prisão, a Operação Integration cumpriu 24 mandados de busca e apreensão domiciliar, sequestro de bens (carros de luxo, imóveis, aeronaves e embarcações) e valores. Também foi pedido o bloqueio de ativos financeiros no valor de R$ 2,1 bilhões. (Estadão Conteúdo)