Múcio defende anistia a ‘casos leves’ do 8 de janeiro
Melhora no emprego e queda da inadimplência contribuíram para o resultado
A produção da indústria brasileira cresceu 1,1% em setembro deste ano em relação a agosto. Essa é a segunda alta consecutiva porque em agosto a expansão havia sido de 0,2%. A Pesquisa Industrial Mensal (PIM) foi divulgada ontem (1º) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A indústria também apresentou expansão na comparação com setembro do ano passado (3,4%), a quarta alta consecutiva, e nos acumulados do ano (3,1%) e de 12 meses (2,6%).
As principais altas em setembro — na comparação com agosto — vieram dos setores de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (4,3%), produtos alimentícios (2,3%), veículos automotores, reboques e carrocerias (2,5%), produtos do fumo (36,5%), metalurgia (2,4%) e máquinas, aparelhos e materiais elétricos (3,3%). No total, 12 dos 25 ramos industriais pesquisados apresentaram crescimento.
A alta de 1,1% na produção industrial em setembro ante agosto foi o melhor desempenho para esse período do ano desde 2020, quando tinha crescido 2,7%, apontou André Macedo, gerente da Pesquisa Industrial Mensal do IBGE.
Segundo o pesquisador, embora o setor industrial permaneça “bem abaixo” do patamar mais alto da série histórica, a leitura é que a produção industrial mostra um maior dinamismo ao longo de 2024
‘A gente tem conjunturalmente alguns fatores que vão explicar muito desse maior dinamismo que a gente tem verificado ao longo de 2024, especialmente em relação a 2023”, disse Macedo.
A explicação para a melhora na indústria passa por um mercado de trabalho com maior incorporação de mão de obra, taxa de desocupação mais baixa, e massa de salários com crescimento, frisou Macedo. Houve avanço também das condições de crédito e queda na inadimplência, sob a influência da redução dos juros “num passado recente”, enumerou. (Agência Brasil e Estadão Conteúdo)