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Alckmin cumpre agenda de Lula, que passou por cirurgia

Hemorragia que presidente sofreu estaria ligado ao acidente de outubro

10 de Dezembro de 2024 às 22:21
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Geraldo Alckmin se reuniu com primeiro-ministro da Eslováquia
Geraldo Alckmin se reuniu com primeiro-ministro da Eslováquia (Crédito: FÁBIO RODRIGUES POZZEBOM / AGÊNCIA BRASIL (10/12/2024))

Após ser submetido a uma cirurgia de emergência na madrugada de ontem (10), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve passar pelo menos as próximas 72 horas em observação no Hospital Sírio-Líbanês, em São Paulo. Se a recuperação ocorrer dentro do esperado, o presidente deve estar de volta a Brasília no início da próxima semana.

Segundo as informações divulgadas pela equipe médica ontem de manhã, a cirurgia durou cerca de duas horas e foi realizado um procedimento para a drenagem de um hematoma de três centímetros na parte lateral do crânio. No local, foi instalado um dreno intracraniano, que deve permanecer na cabeça do presidente enquanto ele seguir internado.

De acordo com o cardiologista Roberto Kalil Filho, líder da equipe médica junto com Ana Helena Germoglio, a região em que foi realizada a cirurgia não tem qualquer relação com outras funções, como a fala e os movimentos, portanto não deve provocar nenhuma sequela no presidente.

A equipe médica informou que, após a cirurgia, o presidente está bem, se alimentando e consciente. Lula não teve nenhuma lesão cerebral.

Lula deve permanecer 48 horas na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), em observação, e depois disso deve ser encaminhado para o quarto, se tudo correr bem. O tempo na UTI é protocolar nesses casos, informou a equipe médica.

O problema de Lula estaria ligado ao acidente doméstico sofrido em 19 de outubro passado. O petista cai no banheiro e bateu a cabeça. Nas semanas seguintes, fez uma série de exames e passou vários dias trabalhando a partir do Palácio da Alvorada, sem comparecer à sede do governo.

Os médicos avaliam que, se tudo correr bem durante a recuperação, o presidente deve retornar a Brasília no início da próxima semana. Até lá, o vice-presidente da República Geraldo Alckmin (PSB) assume as agendas do presidente.

Em um dos compromissos, Alckmin se encontrou com primeiro-ministro da Eslováquia, Robert Fico, no Brasil, e confundiu o nome do país com a Iugoslávia (que existiu até 1992). “O presidente Lula me pediu que transmitisse um afetuoso abraço e que compartilhasse sua alegria de recebermos — aliás, é a primeira vez que um primeiro-ministro da Iugoslávia visita o Brasil -, e nós estamos felizes e honrados‘, disse Alckmin no Palácio do Itamaraty.

Alckmin citou a conclusão do acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia e que o tratado contou com o apoio da Eslováquia. Segundo ele, o acordo “representa muito mais do que um acordo econômico e comercial”. “Simboliza aproximação de duas regiões capazes de influenciar a governança global e reforça o compromisso de ambas com os regimes multilaterais de comércio e de proteção ao meio ambiente.” (Estadão Conteúdo)