Dólar fecha semana com queda de 3,7%

Por Estadão Conteúdo

Para 2022, a estimativa para o câmbio também ficou em R$ 5,50, de R$ 5,25 há quatro semanas

O dólar fechou a primeira semana de maio acumulando queda de 3,7%. É a maior baixa semanal desde o final de novembro de 2020. O real foi a moeda de um país emergente com melhor desempenho mundial ante a divisa americana nos últimos cinco dias. No ano, a alta -- que chegou a 12% em março -- quase foi zerada, ficando agora em 0,77%. Ontem, o dólar à vista fechou recuou 0,93%, a R$ 5,2286.

A perspectiva de novas altas de juros pelo Banco Central -- que deixa o País mais atrativo para investidores estrangeiros -- e exportações recordes do Brasil em meio à disparada dos preços das commodities estão entre os fatores que vêm contribuindo para o melhor desempenho da moeda brasileira frente a seus pares.

O cenário externo também está ajudando. Ontem, a decepção com o fraco relatório de emprego dos Estados Unidos, com criação de vagas bem abaixo do previsto em abril, ajudou a enfraquecer ainda mais o dólar no mercado internacional, afastando a sensação de superaquecimento da economia americana, ressalta o estrategista do Rabobank, Maurício Une. A visão é que o Federal Reserve não vai precisar subir os juros tão cedo. No Brasil, o BC mais duro com os juros, a pandemia mostrando tendência de estabilização e ausência de notícias que pressionem a situação fiscal nesta semana ajudaram, ressalta ele.

Em uma sessão marcada pela divulgação de balanços locais positivos, o Ibovespa ganhou impulso para atingir a marca dos 122.038,11 pontos, na máxima, em alta de 1,77%, a maior desde 14 de janeiro. (Estadão Conteúdo)