Ministério da Economia vê energia cara como risco para recuperação
O governo divulgou novas projeções para a economia e a inflação neste e nos próximos anos
Com os reservatórios de usinas hidrelétricas do Sudeste e Centro-Oeste em baixa, o aumento do custo de energia e o possível impacto na inflação entraram no radar da equipe econômica. Nesta terça-feira (18), o secretário de Política Econômica do Ministério da Economia, Adolfo Sachsida, disse que o risco hidrológico pode afetar tanto os preços como a recuperação da economia em 2021. “Hoje estamos na bandeira vermelha 1 (nas contas de luz). Se ele insistir e piorar, podemos ir para a bandeira vermelha 2. Então há um risco na inflação”, afirmou.
Sachsida lembrou que o País corre esse risco hidrológico apesar de dez anos de crescimento baixo da economia. “Isso mostra que temos um problema não apenas conjuntural, de chuvas, mas que temos um problema estrutural também. Isso reforça a importância do processo de concessões e privatizações, e de marcos legais mais eficientes”, completou.
O governo divulgou novas projeções para a economia e a inflação neste e nos próximos anos. Em relação à inflação medida pelo IPCA em 2021. De acordo com a nova grade de parâmetros macroeconômicos da pasta, a estimativa para a alta de preços neste ano passou de 4,42% para 5,05%. Para 2022, a projeção permaneceu em 3,50%.
O Ministério da Economia revisou também para cima sua previsão para a atividade econômica e espera agora uma alta de 3,50% no Produto Interno Bruto (PIB) neste ano, de 3,20% estimado no Boletim Macrofiscal de março. Para 2022, a estimativa de alta no PIB permaneceu em 2,50%. (Estadão Conteúdo)