Serviços estão 1,5% abaixo do patamar pré-pandemia

Alta foi de 0,7% em abril ante março, informa o IBGE

Por Estadão Conteúdo e Redação

Restaurantes foram afetados na pandemia.

A alta de 0,7% no volume de serviços prestados no País em abril ante março fez o setor de serviços operar em patamar 1,5% inferior ao de fevereiro de 2020, no pré-pandemia. Os dados são do IBGE.

Os transportes passaram a operar 0,1% acima do nível pré-pandemia, de fevereiro de 2020, enquanto os serviços prestados às famílias ainda estavam 40,1% abaixo.

Os serviços de informação e comunicação estão 7,4% acima do pré-pandemia, e o segmento de outros serviços está 3,4% além. Os serviços profissionais e administrativos estão 4,5% abaixo do patamar de fevereiro de 2020.

A taxa acumulada no ano de 2021 foi de elevação de 3,7%. Em 12 meses, os serviços acumulam queda de 5,4%.

Na passagem de março para abril, houve expansão em informação e comunicação (2,5%), acumulando um ganho de 4,7% nos últimos três meses, e em serviços prestados às famílias (9,3%), que recupera apenas uma pequena parte da queda de 28% registrada em março. Na direção oposta, houve perdas nos serviços profissionais, administrativos e complementares (-0,6%) e nos outros serviços (-0,9%).

Avaliação

O setor de serviços depende do avanço da imunização da população brasileira contra a Covid-19 para conseguir engatar uma recuperação mais consistente, defendeu Rodrigo Lobo, gerente da Pesquisa Mensal de Serviços apurada pelo IBGE. O resultado de abril confirma um comportamento ainda moderado do setor de serviços, avaliou Lobo.

“A vacinação em massa é fundamental para uma recuperação mais folgada para os serviços de caráter presencial”, disse o pesquisador do IBGE. “Boa parte dos serviços presenciais ainda sentem os efeitos da pandemia e demoram mais a recuperar o patamar pré-crise.”

Lobo aponta que o mês de março foi mais impactado que abril pelos decretos com medidas restritivas para conter a disseminação do novo coronavírus.

“Os efeitos restritivos foram bem maiores e março do que em abril”, disse o pesquisador do IBGE. “Os serviços cresceram. Isso obviamente significa que a parte não afetada pela prestação presencial acabou trazendo o setor de serviços para o terreno positivo como um todo, mas mesmo a parte presencial, com restrições maiores em março do que em abril, como os restaurantes, acabaram dando uma contribuição positiva”, considera. (Estadão Conteúdo e Redação)