Ibovespa sobe 1,72% e dólar cai para R$ 5,22

Por Estadão Conteúdo e Redação

Fatores políticos refletiram no mercado financeiro.

Uma bandeira de paz acenada pelo presidente Jair Bolsonaro, em forma de nota, passadas apenas duas tardes dos acalorados pronunciamentos de Brasília e São Paulo, no Dia da Pátria, contribuiu para alta do Ibovespa ontem. Gesto moderado do presidente já havia sido ensaiado no pedido para que os caminhoneiros suspendessem os protestos que ganhavam, desde quinta-feira, força em estradas de diversos Estados. A expectativa de convívio mais urbano entre os Poderes, essencial para a economia em busca de normalização, foi celebrada com sprint final do Ibovespa, virando aceleradamente do negativo para o positivo.

Com a nota de pacificação apresentada por Bolsonaro, o Ibovespa chegou às 16h45 aos 116.353,62 pontos no topo do dia, uma variação de 3.533,14 pontos em 13 minutos, saindo de baixa aos 112.820,48 pontos, assinalada às 16h32. Ao final, o índice da B3 mostrava ganho de 1,72%, aos 115.360,86 pontos, após ter fechado o dia anterior aos 113.412,84 pontos -- uma recuperação de quase 2 mil pontos. Na semana, ainda cede 1,34% e, no mês, perde 2,88% -- no ano, a retração está agora em 3,07%.

“A importância do diálogo entre os Poderes para reduzir os ruídos políticos e, em especial, evitar o isolamento, era a única forma de reduzir o estresse da curva de juros e oferecer um risco menor, para, assim, justificar o potencial de valorização atual”, diz Rafael Ribeiro, analista da Clear Corretora.

Dólar

Após a alta de 2,89% na quinta-feira, em meio ao agravamento da crise institucional na sequência das manifestações de 7 de setembro, o dólar caminhava para encerrar o pregão desta quinta-feira em leve queda. Com uma leve recuperação nos minutos finais da sessão, a moeda americana fechou a R$ 5,2273, em baixa de 1,86%. (Estadão Conteúdo e Redação)