Porcentual de queda na conta de energia elétrica gera divergência

Por Cruzeiro do Sul

Um dia depois de o governo confirmar o fim da bandeira escassez hídrica na conta de luz a partir de 16 de abril, o presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou ontem que o Brasil tem garantia de segurança energética até o final do ano. “Nós podemos, com segurança, agora retirar a bandeira de escassez hídrica, que vai repercutir em economia de aproximadamente 20% na conta de luz. Temos garantia da segurança energética até final do ano”, afirmou o presidente em transmissão ao vivo nas redes sociais.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse ontem que a conta de luz do brasileiro cairá “18% mês que vem, sem canetada”.

No entanto, a redução na conta de luz tende a ser bem menor: cerca de 6%. André Braz, coordenador de Índices de Preços do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV) estima que a tarifa de energia elétrica diminua 6,35% na leitura de abril do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) apurado pelo IBGE.

Especialistas alertaram que a queda vai ser diluída com os reajustes tarifários das distribuidoras, que serão estabelecidos ao longo deste ano.

A PSR, maior consultoria de energia elétrica do País, estima que, em média, esses reajustes serão de 15%. Computados os aumentos tarifários em 2022, a redução média na conta de luz do consumidor residencial deve ser de 6,5%. (Estadão Conteúdo)