Empresas aéreas querem ‘diálogo permanente’ sobre querosene
O presidente da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), Eduardo Sanovicz, afirmou que o governo deve criar uma mesa permanente de diálogo para tratar do preço do querosene de aviação. A proposta foi feita em reunião com o ministro da Economia, Paulo Guedes. Ele recebeu ontem os presidentes da Gol, Latam, Azul e Voepass.
“Nossa ideia foi propor uma mesa permanente de debate e diálogo envolvendo todos os stakeholders, com o Ministério da Economia, com o Ministério da Infraestrutura, com as empresas aéreas, para tratar de um item que saiu de controle, que é o custo do querosene de aviação”, disse Sanovicz, antes de se encontrar com Guedes. Na saída, ele afirmou que o ministro reagiu de forma “muito positiva” à ideia.
Responsável por 35% dos custos do setor, o combustível teve o preço ajustado em 76,2% no ano passado, quando o petróleo subiu 54%. A inflação e as consequências da guerra na Ucrânia fizeram os preços dos bilhetes dispararem neste ano. Em 12 meses, a alta é de 11,05%, segundo o IBGE.
Sanovicz ainda declarou que as empresas do setor não se reunirão com o governo para pedir qualquer tipo de desoneração ou redução de tributos. No ano passado, o pacote para as aéreas, que não foi tirado do papel, previa mais acesso a crédito, compra antecipada de passagens pelo governo e definição de uma nova malha. (Estadão Conteúdo)