Servidores do Banco Central encerram paralisação

Por Cruzeiro do Sul

Edifício-sede do Banco Central no Setor Bancário Norte, em lote doado pela Prefeitura de Brasília, em outubro de 1967

Os servidores do Banco Central aprovaram o fim da greve em assembleia na manhã de ontem, conforme informações do Sindicato Nacional de Funcionários do Banco Central (Sinal).

Após a negativa do governo federal de reajuste ao funcionalismo público este ano, a categoria passou a focar na pauta de reestruturação de carreira. Uma proposta de minuta foi enviada ao Ministério da Economia com a criação de um bônus de produtividade, além de exigência de ensino superior para concursos para o órgão, entre outros pontos. Mas está parada na pasta.

A paralisação dos servidores afeta atividades e serviços do BC, como as divulgações regulares que são importantes para acompanhar a conjuntura econômica. O Banco Central informou que as divulgações do órgão serão publicadas “assim que possível” com o fim da greve dos servidores.

A greve no BC começou no dia 1º de abril, configurando um dos movimentos mais longos desde os anos 2000. A paralisação afetou diversos serviços e atividades do BC, dentre elas a divulgação de indicadores regulares, que não foram publicados neste período. O Boletim Focus, por exemplo, não foi publicado antes do Comitê de Política Monetária (Copom) de junho, deixando o mercado financeiro no “escuro” sobre as variáveis que o BC ia usar no seu modelo de inflação.

Os dados de fluxo cambial, poupança, de crédito e setor externo também estão atrasados, entre outros. (Estadão Conteúdo)