Preço da gasolina e etanol recua nos postos, diz ANP
Em três semanas, valor médio da gasolina caiu R$ 0,90 no País
A redução do ICMS na maioria dos Estados derrubou o preço da gasolina em 8,9% na semana de 3 a 9 de julho em relação à semana de 26 de junho a 2 de julho, segundo levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). O preço médio em todo o território nacional passou de R$ 7,13 o litro para R$ 6,49.
No período de três semanas, o valor médio da gasolina caiu R$ 0,90 no País, invertendo a tendência de alta que vinha se verificando desde o início do ano. O Estado com menor valor médio do litro da gasolina comum, na última semana é o Amapá, a R$ 5,54. Já o Estado com maior valor médio é o Piauí, com R$ 7,25.
O preço do Gás Liquefeito de Petróleo (GLP), ou gás de cozinha, permaneceu praticamente estável, com o preço máximo de R$ 160 e o mínimo de R$ 84,99. Na média, o botijão de 13 quilos foi comercializado a R$ 112,45, contra R$ 112,34 uma semana antes. Já o diesel, que não foi beneficiado pelo estabelecimento de um teto do tributo, teve ligeira queda, de 0,4%.
Etanol
Os valores médios do etanol hidratado caíram em 25 Estados e no Distrito Federal na semana passada, de acordo com levantamento da ANP). A exceção foi o Estado do Amapá, onde a cotação do biocombustível manteve-se estável. Nos postos pesquisados pela ANP em todo o País, o preço médio do etanol recuou 4,3% na semana em relação à anterior, de R$ 4,72 para R$ 4,52 o litro.
Em São Paulo, principal Estado produtor de etanol, consumidor e com mais postos avaliados, a cotação média caiu 4,14% em uma semana, de R$ 4,39 para R$ 4,21 o litro. Goiás foi a unidade da Federação com maior recuo porcentual de preços na semana, de 7,69%, de R$ 4,61 para R$ 4,26 o litro.
Na comparação mensal, o preço médio do biocombustível no País caiu 11,08%. O Estado com maior baixa porcentual no período foi Mato Grosso, com 17,82% de desvalorização mensal do etanol.
O etanol manteve-se mais competitivo do que a gasolina em apenas dois Estados, na semana passada: Mato Grosso e São Paulo. Os critérios consideram que o etanol de cana ou de milho, por ter menor poder calorífico, tenha um preço limite de 70% do derivado de petróleo nos postos para ser considerado vantajoso.
Em Mato Grosso, a paridade é de 62,77%, enquanto em São Paulo atinge 69,02%. Na média dos postos pesquisados no País, o etanol está com paridade de 69,65% ante a gasolina, portanto mais favorável do que o derivado do petróleo.
Executivos do setor afirmam que o etanol pode ser competitivo com paridade maior do que 70% a depender do veículo em que o biocombustível é utilizado. (Estadão Conteúdo, Agência Brasil e Redação)