Presidente da Câmara diz que PEC dos benefícios reduzirá pobreza
Jair Bolsonaro, Arthur Lira e Rodrigo Pacheco participaram da cerimônia
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), disse ontem durante a cerimônia de promulgação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos benefícios, que as medidas sociais reduzirão a pobreza no País e destacou o aumento “significativo” do Auxílio Brasil.
“As medidas visam mitigar efeitos de uma crise que se arrasta há mais dois anos”, disse Lira, em referência à pandemia de Covid-19. “Temos a certeza de que esse conjunto de medidas provocará um impacto muito positivo na redução da pobreza no nosso País, minimizando seus efeitos tão deletérios para nosso povo”, emendou.
O presidente da Câmara participou da cerimônia junto com o presidente da República, Jair Bolsonaro, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e outras autoridades. Lira ressaltou que o Auxílio Brasil, programa social que substituiu o Bolsa Família dos governos petistas, será “significativamente ampliado”. A parcela mensal do benefício subirá de R$ 400 para R$ 600 até o fim do ano. “A necessidade de reduzirmos a pressão do aumento dos preços dos combustíveis sobre a inflação era outro desafio a ser enfrentado”, disse Lira.
A PEC teve amplo apoio no Congresso, inclusive da oposição, que chamou o pacote de “eleitoreiro”, mas votou a favor. Na Câmara, foram 469 votos a favor, 17 contrários e 2 abstenções no segundo turno da votação. No Senado, 67 parlamentares foram favoráveis e apenas 1 contrário.
“O Congresso Nacional conclui hoje mais uma importante tarefa no seu papel de estruturar o arcabouço legislativo nacional e de aprimorar a Constituição Federal para garantir o bom funcionamento das nossas instituições, bem como para avançarmos como uma nação unida e coesa”, declarou o presidente da Câmara.
Segundo o presidente do Congresso, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), a PEC é resultado de uma atuação do parlamento em auxílio aos mais necessitados. “A emenda que ora promulgamos visa amenizar para a população brasileira os nefastos efeitos econômicos e sociais advindos do processo inflacionário observado nos últimos meses em quase todos os países do globo.”
Pacheco atribuiu a crise econômica à guerra entre Rússia e Ucrânia, bem como à “lenta retomada das cadeias de distribuição e logística mundiais que foram duramente afetadas pela pandemia da Covid-19”.
De acordo com dados trazidos por ele em seu discurso, o número de brasileiros entrando na situação de pobreza chegou a 11 milhões, totalizando 47,3 milhões de pessoas na zona de pobreza ou extrema pobreza. O número representa 22,3% da população, o maior percentual em dez anos. (Estadão Conteúdo, Agência Brasil e Redação)