Projeção do Focus para alta do PIB de 2022 sobe de 1,75% para 1,93%

Já a estimativa para a expansão do PIB em 2023 cedeu marginalmente, de 0,50% para 0,49%, ante 0,50% de quatro semanas atrás

Por Cruzeiro do Sul

Banco Central

Com os dados positivos de atividade econômica e a PEC dos Benefícios, pacote bilionário de estímulo à demanda em ano eleitoral aprovado no Congresso, a previsão mediana para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) de 2022 continuou a avançar, conforme o Relatório Focus.

A projeção subiu de 1,75% para 1,93%, contra 1,50% há um mês. Já a estimativa para a expansão do PIB em 2023 cedeu marginalmente, de 0,50% para 0,49%, ante 0,50% de quatro semanas atrás.

Considerando apenas as 57 respostas nos últimos cinco dias úteis, a estimativa para o PIB no fim de 2022 passou de 1,85% para 1,98%. No caso de 2023, houve 54 atualizações nos últimos cinco dias úteis, com variação de 0,50% para 0,47%.

O Relatório Focus ainda mostrou nesta segunda-feira perda de fôlego na projeção para o crescimento do PIB em 2024, de 1,80% para 1,70%. Já a mediana para 2025 permaneceu em 2,00%. Quatro semanas atrás, as taxas eram de 1,80% e 2,00%, respectivamente.

O Focus mostrou, ainda, leve mudança na projeção para o indicador que mede a relação entre a dívida líquida do setor público e o Produto Interno Bruto para 2022. A mediana cedeu de 59,23% para 59,00%, mesmo porcentual de um mês atrás.

O relatório trouxe ainda alteração na perspectiva para a relação entre o resultado primário e o PIB deste ano, com o mercado prevendo maior superávit, de 0,10% para 0,22%. Há um mês, a mediana era positiva em 0,10%. Já a relação entre déficit nominal e PIB em 2022 passou de 6,70% para 6,80%, ante 6,70% de quatro semanas antes.

O resultado primário reflete o saldo entre receitas e despesas do governo, antes do pagamento dos juros da dívida pública. Já o resultado nominal reflete o saldo já após as despesas com juros.

Em relação a 2023, a estimativa para a dívida líquida em relação ao PIB se deteriorou, de 63,50% para 63,60%, de 62,00% há um mês. A mediana para o déficit primário passou de 0,20% para 0,30% do PIB. Já para o rombo nominal, a estimativa variou de 7,60% para 7,70%. Os porcentuais eram negativos em 0,10% e 7,60%, respectivamente, há quatro semanas.

Balança Comercial

Os economistas do mercado financeiro elevaram a estimativa de superávit da balança comercial em 2022 de US$ 68,18 bilhões para US$ 68,50 bilhões na última semana, ante US$ 70,00 bilhões de um mês atrás. Para 2023, a projeção continuou em US$ 60,00 bilhões, mesma expectativa de quatro semanas antes.

No caso da projeção de déficit em conta corrente do balanço de pagamentos em 2022, a mediana continuou em US$ 18,00 bilhões, repetindo a expectativa de um mês atrás. Em 2023, a projeção para o rombo em transações correntes passou de US$ 30,60 bilhões para US$ 30,00 bilhões. Há um mês, a expectativa era deficitária em US$ 30,90 bilhões.

Para os analistas consultados semanalmente pelo BC, o ingresso de Investimento Direto no País (IDP) será suficiente para cobrir o rombo em transações correntes nesses anos. A mediana das previsões para o IDP em 2022 passou de US$ 57,20 bilhões para US$ 57,85 bilhões, ante US$ 60,00 bilhões de um mês atrás. Para 2023, passou de US$ 60,50 bilhões para US$ 60,75 bilhões, de US$ 62,75 bilhões há quatro semanas. (Estadão Conteúdo)